CAIRO, 16 MAR (ANSA) – O ministro das Antiguidades do Egito, Khaled al-Nani, informou em uma coletiva nesta quinta-feira (16) que a estátua encontrada na periferia de Heliópolis, no Cairo, na última semana, não retrata Ramsés II.   

“Quando nós descobrimos a estátua”, disse al-Nani, “colocada em frente a um templo de Ramsés II, as suas dimensões nos levaram a pensar imediatamente que fosse Ramsés II ou uma estátua refeita de Ramsés II”.   

“Mas, quando ela foi submetida aos testes, nós começamos a encontrar alguns elementos característicos de outros períodos.   

Especialmente, na forma da cabeça, do olho direito, da cara alongada”, acrescentou o ministro.   

Segundo o ministro, os estudos efetuados até o momento indicam que trata-se da imagem de “Psamético I da XXVI dinastia, que reinou no Egito por 45 anos, entre 664 [a.C.] até 610 antes de Cristo”. No entanto, el-Nani afirmou que ainda é preciso verificar essa hipótese e os resultados “devem aparecer nos próximos dias, semanas, meses…”.   

A descoberta da estátua ocorreu durante obras da periferia do Cairo no dia 10 de março. A atribuição a Ramsés II veio porque o local era a antiga “cidade do sol” e ficava próximo de um templo construído por ordem do então faraó, que governou há mais de três mil anos.   

A peça de oito metros de comprimento foi encontrada ao lado de outra estátua, do rei Seti II, de um metro. De acordo com anúncio do Ministério das Antiguidades naquele dia, a peça havia sido feita de quartzito, um tipo de rocha cujo principal componente é o quartzo granulado. A descoberta era anunciada como uma das mais importantes da história moderna.   

Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia, uma das dinastias que compõem o Império Novo. Reinou entre aproximadamente 1279 a.C e 1213 a.C. (ANSA)