A gestão João Doria (PSDB) vai pedir ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) um empréstimo de R$ 1 bilhão para usar na área de saúde. Um dos principais objetivos é concluir as obras em hospitais da capital paulista não terminadas pela gestão passada.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, os recursos serão destinados aos hospitais da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, e de Parelheiros, na zona sul. O ex-prefeito havia prometido deixar ambos prontos até om fim de 2016, mas não cumpriu a promessa.

O montante pretendido pela gestão Doria também deverá financiar a reforma do Hospital Sorocabana, na Lapa, zona oeste, e 14 unidades de pronto-atendimento (UPAs). “Mas tem muito mais coisa além disso. Envolve treinamento de pessoas, capacitação, softwares de gestão. É enorme”, afirmou Pollara ao jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com o secretário, o empréstimo permitirá remanejar a verba reservada para essas obras para outras ações na área da saúde. “Tinha um orçamento previsto (para as obras), mas esse dinheiro (do empréstimo) iria facilitar muito porque poderíamos tirar o dinheiro do Tesouro implicado nisso e colocar em outras coisas”, afirmou.

O secretário afirmou ainda que o empréstimo já foi aprovado pelo BID, mas a transação agora depende de um aval de órgãos federais. “O que precisamos é de uma aprovação do Ministério do Planejamento para ver se o Município de São Paulo tem essa capacidade de endividamento”, declarou.

Pollara e o presidente da São Paulo Negócios, Juan Quiros, se reúnem nesta semana com representantes do BID para tratar da negociação.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Privatizações. Em outra frente para conseguir mais recursos, Doria pretende dividir em dois a SP Negócios, empresa de economia mista vinculada à Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento. O empresário Wilson Poit, secretário de Desestatização, vai comandar a SP Parcerias, empresa que será criada para estruturar e colocar em prática as privatizações, uma das principais bandeiras da administração tucana.

O pacote de desestatizações proposto pelo prefeito é composto por 55 itens. Inclui grandes privatizações, como a do Anhembi e a do Autódromo de Interlagos, e também concessões, como a do Estádio do Pacaembu e dos parques. Doria prevê que todo o plano será colocado em prática neste ano, com reflexos em 2018 e 2019.

Outro braço da SP Negócios será transformado em uma organização social privada (OS) e terá à frente Juan Quirós, hoje presidente da empresa de economia mista. Caberá a ele a tarefa de promover as exportações de empresas paulistanas, atrair investimentos para parcerias público-privadas (PPPs) e promover rodadas de negócios com comerciantes, por meio das prefeituras regionais.

Na semana passada, Doria também disse que pretende repassar o gerenciamento de seu pacote de desestatização a bancos nacionais e internacionais. A ideia é que as instituições ajudem nas negociações com fundos de investimentos ou investidores diretos.

O Credit Suisse deve ser uma das três instituições internacionais a serem nomeadas pelo prefeito. Ela vê potencial em projetos relacionados ao desenvolvimento imobiliário, ao futebol e aos parques. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias