O dólar teve nesta quinta-feira, 14, sua quinta queda consecutiva e terminou o dia cotado a R$ 3,4768 no mercado à vista, com baixa de 0,26%. A moeda americana abriu em alta, chegou a subir 1,32%, mas inverteu a tendência no meio da tarde. Para evitar uma queda mais acentuada da divisa, o Banco Central promoveu leilões de contratos de swap cambial pela manhã e à tarde.

As atenções do mercado continuaram voltadas ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Depois que partidos como PP, PTB e PRB retiraram o apoio ao governo, o número de votos favoráveis à saída de Dilma aumentou rapidamente no placar do impeachment realizado pelo Grupo Estado. O último levantamento mostra que o número de votos a favor do impedimento está em 338 e os votos contra estão em 127. Há ainda 18 indecisos e 30 deputados que não responderam.

Em uma contraofensiva do governo às notícias que o enfraquecem, a Advocacia-Geral da União entrou com cinco recursos no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o processo de impeachment. Em princípio, a notícia teve pouca influência sobre os preços dos ativos. Pesaram no mercado de câmbio análises de que dificilmente o governo se sairá vencedor no STF, o que incentivou o otimismo, principalmente porque o Supremo tende a tomar uma decisão ainda hoje.

Com isso, a moeda passou a operar em terreno negativo, o que trouxe o Banco Central de volta ao mercado para ofertar swaps reversos. Pela manhã, o BC vendeu 80 mil contratos em um único leilão. À tarde, a autoridade monetária voltou com mais dois leilões, de 20 mil contratos cada, todos vendidos integralmente. Na mínima, a cotação do dólar à vista atingiu R$ 3,4654 (-0,59%).