Dois jovens suspeitos de criar um perfil de um falso terrorista no Twitter e ameaçar o presidente argentino, Mauricio Macri, afirmando ainda que colocariam bombas na Casa Rosada foram detidos na madrugada deste sábado, informaram as autoridades.

“Todo fato intimidatório e ameaçador não é uma piada”, disse a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, em uma coletiva de imprensa na qual confirmou a detenção de “duas pessoas que haviam intimidado a Nação”, declarou.

Os jovens, dois amigos de 21 anos, são acusados de “intimidação pública” e foram detidos em uma operação em uma casa do bairro da capital de Villa Ortúzar, de classe média.

Lá foram apreendidos computadores, telefones e outros dispositivos, segundo a divisão de crime cibernético da Polícia Metropolitana.

A ministra insistiu na necessidade de “transmitir tranquilidade às pessoas”, após ter admitido que “a princípio, não parece uma ameaça real”.

“Não vai haver impunidade, não é grátis ameaçar”, afirmou a ministra.

Nora Donda, mãe de um dos detidos, disse que seu filho é inocente e se manifestou “indignada” porque durante a operação a polícia fez “um desastre” na casa do amigo de seu filho.

Em declarações ao canal Crónica TV, Donda assegurou que os tuítes foram “um disparate, uma irresponsabilidade de dois estúpidos que não tinham nada para fazer”.

“Meu filho é um garoto normal, educado, que estuda, tem amigos e sai pra dançar. Está sempre no computador jogando GTA”, afirmou a mãe.

A conta criada na sexta-feira é @HassanAbuJaaf e tem ameaças escritas em árabe, acompanhadas por hashtags como #PrayForArgentina (Rezem pela Argentina) e #OpenFireInArgentina (Abram fogo na Argentina).

Os jovens também são suspeitos de proferir ameaças de bombas em outros espaços públicos.

As mensagens contêm fotos da Casa Rosada, assim como de espaços públicos, como o interior de um metrô de Buenos Aires e de um avião, assim como a fachada de um movimentado centro comercial da capital argentina.

Além disso, em uma foto na qual mostram explosivos está marcado o presidente Mauricio Macri.

“A princípio, são dois garotos entediados que queriam gerar algum tipo de caos. Temos que ver o que os motivava, se tédio ou se há alguma questão política ou religiosa por trás”, disse o chefe da divisão de cibercrime, Carlos Rojas, ao canal de notícias TN.