O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, quer chegar até o final da investigação sobre a morte misteriosa de seu predecessor Dag Hammarskjöld e disse acreditar que documentos sul-africanos podem ajudar a apuração a avançar.

Em um relatório publicado na quarta-feira, Ban explica que “alguns documentos” provenientes da África do Sul mencionam uma “Operação Celeste”, cujo objetivo era eliminar Hammarskjöld.

O diplomata sueco morreu em um acidente de avião em 1961. De acordo com testemunhas, a aeronave foi abatida.

Por enquanto, existem apenas “cópias ruins” desses documentos, disse Ban. Se a África do Sul puder fornecer os originais, esses poderão ser analisados por especialistas, e a hipótese do complô seria “confirmada, ou descartada”.

Em uma carta publicada em anexo, o governo sul-africano promete procurar os documentos.

A existência desses papéis foi revelada durante as audiências da Comissão da Verdade e da Reconciliação criada na década de 1990 na África do Sul para analisar os abusos cometidos pelo regime do Apartheid.

Hammarskjöld, segundo secretário-geral da ONU, morreu em 18 de setembro de 1961, quando seu avião DC-6 caiu perto da cidade de Ndola, na então colônia britânica da Rodésia do Norte, atual Zâmbia.

A ONU se baseou em um relatório de especialistas independentes para conceber, em julho de 2015, a hipótese de um ataque contra o avião e considerou que era necessário continuar com a investigação.