Os participantes de uma reunião de alto nível sobre a crise humanitária no Iêmen prometeram nesta terça-feira 1,1 bilhão de dólares em ajuda humanitária ao país em 2017.

Esta primeira conferência de doadores sobre o Iêmen, organizada na sede da ONU, em Genebra, com o apoio da Suíça e da Suécia, foi um “sucesso”, segundo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

“Arrecadamos 1,1 bilhão nesta conferência”, anunciou à imprensa.

As Nações Unidas e seus parceiros lançaram no início deste ano um apelo por 2,1 bilhão de dólares este ano para ajudar 12 milhões de pessoas no Iêmen. Antes da conferência, 15% do financiamento haviam sido garantidos.

“A fome pode ser evitada se agirmos rapidamente”, disse Guterres aos países doadores. No final da conferência, ressaltou que a ONU exigia, acima de tudo, que as partes em conflito assegurem um “acesso livre” aos agentes humanitários.

A organiza]ão Médicos Sem Fronteiras (MSF) também pediu nesta terça-feira o fim da “obstrução deliberada da ajuda humanitária, restrições às importações, atrasos alfandegários, confisco de bens vitais e dificuldades na obtenção de vistos e salvo-condutos dentro do país”.

Cerca de 19 milhões de pessoas, ou seja dois terços da população do Iêmen, precisam de assistência humanitária urgente, segundo a ONU. Destes, 17 milhões passam fome.

A guerra no Iêmen é travada pelas forças pró-governo contra os rebeldes xiitas huthis.

As forças pró-governo são apoiadas desde março de 2015 por uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, enquanto os rebeldes contam com o apoio do Irã.

Os rebeldes controlam a capital Sanaa e grandes partes do norte e oeste. A guerra no Iêmen já causou mais de 7.700 mortos e 42.500 feridos, segundo a ONU.