O novo diretor de Planejamento e Crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos da Costa, afirmou a jornalistas nesta segunda-feira, 18, que os R$ 180 bilhões que o governo quer que a instituição devolva ao Tesouro são um valor “salgado”. “Se comprometer o investimento, vamos ter que encontrar uma saída alternativa. Se os R$ 180 bilhões colocarem em risco a missão do BNDES eles não serão R$ 180 bilhões.”

O presidente da instituição, Paulo Rabello de Castro, também havia criticado essa exigência do governo, ressaltando que é inviável e que é preciso que o BNDES fique com um caixa.

O governo solicitou o pagamento de R$ 180 bilhões de uma dívida de R$ 450 bilhões do BNDES. Segundo Costa, o banco avalia neste momento qual valor seria viável devolver. Ele, porém, evitou falar em números para os jornalistas.

Em palestra hoje na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Costa defendeu que o BNDES continue a emprestar recursos para áreas importantes, como infraestrutura, inovação e para pequenas e médias empresas.

Costa defendeu também os empréstimos com juros subsidiados concedidos pelo BNDES por meio da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Não fosse esse crédito, a situação da economia hoje estaria muito pior, disse em sua palestra, ressaltando que o pouco de investimento que aconteceu no Brasil foi por conta dessa taxa menor.

Para o diretor do BNDES, a TJLP deveria hoje ser de 6,3%. O indicador será substituído pela Taxa de Longo Prazo (TLP), o novo referencial para os empréstimos do banco.

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