O Dia Internacional do Acesso Universal à Informação foi comemorado hoje (28) no Rio de Janeiro com um evento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict, com apoio do Museu da Amanhã. Este é o primeiro ano em que o dia é celebrado, já que ele foi criado em novembro do ano passado pela Unesco.

O objetivo da Unesco ao criar a data foi o de promover o acesso universal à informação por meio de todas as plataformas, como uma maneira essencial de cumprir a Agenda de Desenvolvimento 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Para o representante da Unesco no Brasil, Lucien Muñoz, o dia é carregado de um simbolismo que faz  todos refletirem e comemorarem o livre acesso à informação. Munõz destacou a internet como grande parte desta engrenagem, mas lembrou a credibilidade de certas informações.

Informação para todos

“Hoje é muito simbólico para todos nós por ser a primeira data em que podemos celebrar. A partir de hoje, este será um evento anual para lembrarmos o privilégio que é ter acesso às informações. A internet talvez seja a grande catalisadora disso, integrando tudo e todos. Mas eu gosto sempre de destacar que nem tudo que está nela é verdade. Tem que existir a cautela em alguns momentos. Isso sem mencionar algo muito característico do brasileiro, que é essa cultura do ódio. Nós, da Unesco, percebemos isso de forma muito latente durante esse período de instabilidade política e econômica. É preciso acabar com este pensamento”, disse.

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A diretora do Ibict, Cecília Leite, anunciou que o instituto aproveitou as festividades para lançar um Manifesto de Acesso aos Dados de Pesquisa. O Ibict já havia sido responsável pela divulgação, em 2005, do Manifesto de Acesso Aberto à Informação.

“Com este novo documento a gente possibilita que os dados de pesquisa de muitos estudiosos não sejam desperdiçados. O futuro que a gente vislumbrava em 2005 está sendo exposto aqui, hoje. Esperamos voltar daqui a algum tempo para mostrar que este manifesto de acesso aos dados também foi útil”.

Ricardo Piquet, diretor-presidente do Museu do Amanhã, onde foi realizado o encontro, afirmou que não havia lugar mais apropriado na cidade para tratar do tema. Ele revelou alguns números que o museu vem alcançando desde sua inauguração em 19 de dezembro e avaliou que a grande procura por entradas mostra que o povo busca informações.

“Desde que abrimos o Museu do Amanhã já recebemos nove milhões de pessoas. É um número expressivo, ainda mais se for observado que, deste montante, 120 mil nunca haviam entrado em um museu. Estes números são marcos lógicos e importantes que mostram a propagação das informações que um museu pode trazer para uma determinada praça e seu público” finalizou.


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