Dezenas de civis morreram nos últimos dias no oeste de Mossul em bombardeios aéreos contra o último grande reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque. anunciaram as autoridades iraquianas.

O exército iraquiano e os aviões da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos bombardeiam a segunda maior cidade do Iraque para apoiar as tropas que lutam contra o EI na frente de batalha.

“Há dezenas de corpos que continuam sepultados sob os escombros”, afirmou à AFP Bashar al-Kiki, presidente do conselho provincial de Nínive, cuja capital é Mossul.

O governador da província, Nawfal Hammadi, mencionou mais de 130 civis mortos.

“A organização terrorista Daesh tenta interromper por todos os meios o avanço das forças iraquianas em Mossul. Reagrupa os civis e os utiliza como escudos humanos”, declarou Hammadi à AFP, utilizando o acrônimo em árabe para o EI.

Um general iraquiano, que pediu anonimato, afirmou que os bombardeios atingiram mais de 27 edifícios residenciais, dos quais três ficaram completamente destruídos.

Os combates para expulsar Estado Islâmico (EI) da zona oeste de Mossul deixaram mais de 200.000 deslocados, anunciou o ministério iraquiano de Migrações e Deslocados.

“O número de deslocados procedentes das zonas situadas na margem direita (do rio Tigre, oeste] da cidade de Mossul era de 201.275 pessoas”, afirma o ministério em um comunicado.

As forças iraquianas, apoiadas pela coalizão internacional, iniciaram em 19 de fevereiro uma ofensiva para reconquistar o oeste de Mossul, depois de recuperar o leste da cidade em janeiro. Desde então, as tropas do país recuperaram vários bairros, mas a parte antiga da cidade permanece sob controle dos rebeldes.