As despesas gerais do Santander Brasil totalizaram R$ 4,550 bilhões no segundo trimestre, queda de 1,7% em relação ao primeiro, quando esses gastos somaram R$ 4,629 bilhões. No primeiro semestre, foram a R$ 9,179 bilhões, alta de 6,1% em um ano, de R$ 8,652 bilhões.

Os gastos com pessoal alcançaram R$ 2,205 bilhões de abril a junho, aumento de 0,2% na comparação com os três meses anteriores. Já as despesas administrativas foram a R$ 2,344 bilhões, queda de 3,5%, na mesma base de comparação.

Com isso, o índice de eficiência do Santander alcançou o menor patamar dos últimos 5 anos, atingindo 44,2% no primeiro semestre de 2017, com queda de 4,9 pontos porcentuais em doze meses. Em três meses, esse indicador atingiu 43,4%, com redução de 1,5 ponto porcentual.

O Santander credita o desempenho ao esforço do banco em crescer de forma mais eficiente, focado no aumento recorrente das receitas, influenciadas pela estratégia comercial, e na disciplina contínua na gestão de despesas.

Receitas

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 3,792 bilhões no segundo trimestre, aumento de 2,2% em relação ao primeiro. De janeiro a junho, alcançaram R$ 7,501 bilhões, elevação de 21,0% ante idêntico intervalo do ano passado.

Contribuíram para o resultado, conforme explica o Santander em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, maiores receitas de cartões de crédito, serviços de conta corrente e comissões de seguros.

O índice de inadimplência do banco, considerando atrasos acima de 90 dias, permaneceu estável no segundo trimestre, em 2,9% em relação ao primeiro. Em um ano, o indicador teve melhora de 0,3 ponto porcentual.

O Santander Brasil destaca que a inadimplência foi influenciada pela melhora do indicador de indivíduos que compensou o aumento dos calotes do segmento de empresas.

A inadimplência da pessoa física foi a 3,9% em junho, queda de 0,1 ponto porcentual ante março. Em um ano, houve redução de 0,5%. Já o indicador da pessoa jurídica foi a 2,0% ao final do segundo trimestre contra 1,9% no primeiro e 2,2% em 12 meses.

O índice de inadimplência de curto prazo, que compreende atrasos de 15 a 90 dias, atingiu 4,8% ao final de junho, redução de 0,7 p.p. em um ano e de 0,7 p.p. em três meses. Na pessoa física, o indicador teve queda de 0,6 p.p. em doze meses e redução de 0,6 p.p. em três meses, alcançando 6,3%. No segmento de pessoa jurídica, o índice apresentou redução de 0,8 p.p. em doze meses e queda de 0,9 p.p. em três meses, atingindo 3,4%.

Provisões

As despesas com provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, somaram R$ 2,907 bilhões no segundo trimestre, redução de 4,75% em relação aos três meses anteriores, de R$ 3,052 bilhões. Em um ano, quando esses gastos totalizaram R$ 3,312 bilhões, foi vista redução de 12,23%. No semestre, foram a R$ 5,959 bilhões, queda de 6,0% em 12 meses.

O saldo de provisões do Santander Brasil foi a R$ 17,229 bilhões ao final de junho, aumento de 0,9% ante março, de R$ 17,084 bilhões. Ante um ano, quando estava em R$ 16,546 bilhões, aumentou 4,1%.

Margem financeira

A margem financeira bruta do Santander foi a R$ 9,098 bilhões de abril a junho, aumento de 2,6% ante os três meses exatamente anteriores. Na primeira metade do ano, o montante chegou a R$ 17,966 bilhões, elevação de 16,6% em um ano, quando estava em R$ 15,405 bilhões.

Contribuiu para o desempenho no semestre, de acordo com o banco, maiores receitas de crédito, captações de clientes e atividades com o mercado. “As captações registraram crescimento expressivo, como resultado do plano de passivos que iniciamos em 2016”, acrescenta o Santander no relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

A margem financeira líquida ficou em R$ 6,738 bilhões no segundo trimestre, elevação de 2,0% ante o primeiro. No semestre, foi a R$ 13,342 bilhões, incremento de 27,5% em 12 meses.