Brasília - O advogado de Temer, Antônio Mariz, fala durante sessão do STF para decidir sobre suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para atuar nas investigações relacionadas ao presidente Mic

O advogado do presidente da República, Antônio Mariz, fala durante sessão do STF Valter Campanato/Agência Brasil

A defesa do presidente Michel Temer disse hoje (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o eventual processamento de uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer é temerário diante das suspeitas de ilegalidade das provas da delação de executivos do Grupo J&F, controlador da JBS.

Ao subir à tribuna nesta tarde, o advogado Antônio Claudio Mariz, representante do presidente, refirmou pedido suspender uma eventual denúncia contra o presidente a ser apresentada nesta semana pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Acho temerário o processamento de uma denúncia em face dos dados que estão sendo colhidos”, alertou o defensor.

De acordo com Mariz, a denúncia deve ficar suspensa até o fim das investigações sobre a revisão da delação premiada do empresário Joesley Batista e sobre a validade das gravações que foram entregues a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“As provas precisam ser pesquisadas, podem ter sido forjadas, podem conter mentiras. Elas podem ter sido fruto de uma artimanha, algum artifício. Tanto que um deles [Joesley] está preso”, disse.

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Na avaliação de Mariz, suspeitas de que o ex-procurador da República Marcello Miller teria beneficiado os delatores da J&F, fato que motivou abertura de processo de revisão da delação, justifica cautela no prosseguimento das investigações e a suspensão da eventual denúncia.

A eventual denúncia contra Temer deve ser enviada ao Supremo ainda nesta semana, a última de Rodrigo Janot no comando da PGR. A partir de segunda-feira (18), Raquel Dodge sucederá o procurador, que ficou no cargo por dois biênios.

Após a manifestação da PGR, os dez ministros que estão presentes na Corte devem começar a votar.

 


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