SÃO PAULO, 16 SET (ANSA) – O advogado de defesa dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, protocolou nesta sexta-feira (15) um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender a prisão dos irmãos.   

De acordo com nota divulgada pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, o pedido foi realizado por ele considerar a prisão preventiva decretada pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, “injusta e desnecessária”.   

“Se os empresários fossem condenados pelo uso de informação privilegiada não pegariam o regime fechado, pois a pena mínima é de um ano. A prisão é desnecessária e ilegal”, acrescentou a defesa dos empresários.   

Joesley, que estava preso em Brasília, foi transferido nesta sexta-feira (15) para ser ouvido em audiência. O juiz decidiu manter a prisão preventiva do empresário, alegando que, por suas condições financeiras, há “risco concreto de fuga”.   

Os irmãos são investigados no processo que apura se eles usaram informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro.   

Segundo as autoridades, o grupo de Joesley e Wesley comprou US$1 bilhão às vésperas da divulgação das gravações com o presidente Michel Temer da delação premiada. Na ocasião, os empresários venderam R$327 milhões em ações da JBS, o que gerou lucro para a empresa, já que a moeda disparou após o vazamento dos áudios.   

(ANSA)