“A crueldade não cessou em Auschwitz e em Birkenau. Hoje, hoje se tortura”, afirmou o papa Francisco, nesta sexta-feira (29), poucas horas depois de sua histórica visita ao campo de extermínio nazista na Polônia, o qual percorreu sem pronunciar uma única palavra.

“Não quero deixá-los tristes, mas tenho de dizer a verdade. A crueldade não cessou em Auschwitz e Birkenau”, disse o pontífice, ao se aproximar da janela do Palácio Episcopal da Cracóvia para saudar grupos de jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude.

“Hoje se tortura, muitos são torturados para que falem. É terrível. Muitos homens e mulheres vivem como animais em prisões superpopulosas. Essa é a crueldade de hoje”, lamentou.

“Vi a crueldade de 70 anos (…) Hoje, em muitos lugares que estão em guerra, acontece o mesmo”, reiterou.

Durante sua visita de quase duas horas aos campos de extermínio nazista, o papa argentino não pronunciou qualquer discurso e se reuniu com dez sobreviventes, assim como com 25 “Justos das Nações”, pessoas que salvaram judeus durante a Segunda Guerra Mundial.