Um jogo diferente do habitual aconteceu nesta quinta-feira no Itaquerão. De rotineiro, apenas que Jô marcou mais um gol e comandou a vitória do Corinthians por 3 a 0 no Brasileiro, desta vez, diante do Bahia. Mas expulsões e pressão do rival fizeram com que o placar fosse construído com muito mais dificuldade do que era de se esperar antes da partida.

O resultado não mostra exatamente o que foi a partida. Este foi um dos confrontos em que o time de Fábio Carille mais sofreu em casa para ganhar. Apesar da má atuação, ter vencido foi importante para dar ainda mais moral para o jogo de domingo, contra o Grêmio, naquele que muitos colocam como uma “final”, já que as duas equipes disputam a ponta da tabela.

O Corinthians entrou em campo com 21 jogos de invencibilidade (94 dias), líder do campeonato, com força máxima e contra um adversário que estava mais perto da zona de rebaixamento do que os primeiros lugares. Mas o favoritismo acabou assim que a bola começou a rolar.

O Bahia surpreendeu e, ao contrário da maioria dos outros times, foi para cima do Corinthians, mesmo jogando na arena. A postura assustou o time da casa, que contou com Cássio inspirado para não levar gol. O time baiano mostrou o motivo de ter iniciado a rodada como a equipe que mais chutava em direção ao gol, dentre os 20 clubes da Série A.

Acuado, o Corinthians jogou no contra-ataque e em um deles, conseguiu abrir o placar. Aos 24, Jô recebeu passe de Fagner, driblou o goleiro e mandou para as redes, minutos depois de ter perdido uma chance incrível dentro da área. Alívio temporário para os corintianos.

A boa organização do Bahia dificultou a vida de Fábio Carille, que do banco de reservas gritava e tentava organizar sua equipe. Os corintianos não conseguiam criar com qualidade, muito por causa da noite pouco inspirada de Jadson.

Na volta para o segundo tempo, o Bahia voltou ainda mais no ataque e obrigou o Corinthians a viver a amarga e rara experiência de ser pressionado dentro de casa.

A noite ainda reservava mais um percalço. O volante Gabriel, que também não fez uma grande partida, foi expulso após cometer uma falta. Punição exagerada pelo árbitro, que talvez tenha tentado compensar pouco depois, dando o cartão vermelho para Renê Júnior. Ou seja, tentou corrigir o erro cometendo outro.

Com dez em cada lado, Jorginho e Carille demonstraram suas intenções. À frente no placar, o corintiano fechou a equipe, colocando Camacho no lugar de Rodriguinho, e o baiano mandou seu time ainda mais para cima, com a entrada de Régis, Gustavo e João Paulo.

Mas para ser líder, é preciso também um pouco de sorte. Aos 34, Balbuena aproveitou cobrança de escanteio e marcou o segundo gol, dando alívio aos donos da casa. E aos 48, claramente abalados por terem lutado em vão, os baianos se atrapalharam na saída de bola, Marquinhos Gabriel recuperou, bateu por cima do goleiro e fechou o placar com um golaço.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 3 X 0 BAHIA

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Pablo, Balbuena e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho (Camacho) e Romero; Jô (Kazim). Técnico: Fábio Carille.

BAHIA – Jean; Eduardo, Tiago, Rodrigo Becão e Matheus Reis; Renê Júnior, Feijão e Vinícius (Régis); Allione (Gustavo), Zé Raphael e Edigar Junio (João Paulo). Técnico: Jorginho.

GOLS – Jô, aos 24 minutos do primeiro tempo. Balbuena, aos 34, e Marquinhos Gabriel, aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Dewson Freitas da Silva (PA).

CARTÕES AMARELOS – Allione, Rodrigo Becão, Balbuena, Romero.

CARTÕES VERMELHOS – Gabriel e René Júnior.

PÚBLICO – 34.250 pagantes.

RENDA – R$ 1.504.387,20.

LOCAL – Estádio Itaquerão, em São Paulo (SP).