A BTGI Prop Feeder, controlada pelo BTG Pactual, acertou a venda da sua participação indireta na rede Brasil Pharma pelo valor de R$ 1.000. Foram 106.855.091 ações ON da Stigma Cayman, empresa que controla a rede de farmácias, que representam 94,49% do capital da Brasil Pharma, vendidas para a gestora de fundos norte-americana Lyon Capital.

O valor foi considerado como um aumento de capital, e assim, a Lyondel LLC, fundo da Lyon Capital, passa a deter 99,99% das ações da Stigma.

Foi acertado ainda um aditamento à Cédula de Crédito Bancário (CCB), emitida em 12 de janeiro deste ano, e uma emissão de debêntures no valor de R$ 400 milhões. Sobre a CCB, o acordo envolve a amortização do valor principal em 11 parcelas anuais, a primeira com vencimento em 30 de março de 2022. Os juros corresponderão a 100% da variação do CDI.

O aditamento prevê ainda que os recursos conseguidos pela companhia neste período, seja pelos resultado ou por aumento de capital, deverão ser utilizados para amortizar a CCB. A dívida passará a ter como garantia aval e fiança da Lyon e da BR Pharma, além de garantia real composta por participações acionárias das duas empresas.

As debêntures terão juros também correspondentes a 100% do CDI, com o valor principal e os juros devendo ser pagos em 12 parcelas, entre 30 de março de 2022 e 30 de abril de 2047. Até 12 de janeiro de 2032, a Brasil Pharma deverá ter amortizado 99% do valor da principal dos títulos. As garantias serão as mesmas oferecidas na CCB, mas as debêntures terão prioridade nas amortizações.

Até a quitação das debêntures, os titulares terão direito a 80% dos recursos que entrarem na BR Pharma, desde que anteriormente tenha sido amortizado 99% do saldo devedor das debêntures e o valor total da CCB. As debêntures terão subscrição privada, e a BTGI Prop Feeder se comprometeu a adquirir todos os títulos não subscritos.