ROMA, 17 FEV (ANSA) – Taxistas das cidades italianas de Roma e de Milão continuam nesta sexta-feira, dia 17, a protestar contra emenda votada no Senado nesta quinta-feira (16) que favorece multinacionais no país, como o sistema de transporte Uber. Na capital italiana, várias assembleias da categoria aconteceram em alguns dos principais pontos de táxis, nos quais os motoristas estavam presentes, mas não pegavam nenhuma corrida apenas as de “urgência”, como “para hospitais” e para passageiros especiais, como “médicos e pessoas deficientes ou idosas”, disse um dos motoristas. Alguns deputados do município, principalmente do Partido Democrático (PD), indagaram qual é a posição da prefeita romana, Virginia Raggi, sobre a greve. Já em Milão, na praça Duca D’Aosta, na frente da Estação Central da cidade, a paralisação dos taxistas também continua contra o Uber, com mais de 100 motoristas que continuaram com a “assembleia espontânea” se recusando a atender passageiros. No começo da tarde, a tensão no local ameaçou aumentar quando um carro do serviço por aplicativo deixou uma pessoa na estação. No entanto, os taxistas deixaram o veículo passar e não causaram nenhum tumulto maior. Sobre a greve, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, disse entender os taxistas, que “pagaram uma licença” e “investiram para o futuro”, mas que “seria bonito dizer que antes de criar tumultos à cidade é preciso pensar”. “Por um lado eu entendo os taxistas e acredito que certamente perderam trabalho pelo Uber, mas também pelo ‘car sharing’. Há uma tendência natural a essas formas de mobilidade que não se pode ignorar”, disse o prefeito.   

Já em outras cidades como Florença e Turim a situação dos táxis foi normalizada. No entanto, no município piemontês, os motoristas se reunirão em uma assembleia da categoria na próxima segunda-feira (20). Em outros municípios, como Nápoles e Bolonha, os táxis estão em circulação e ainda não tomaram nenhuma iniciativa em relação à emenda, mas estão agitados. (ANSA)


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