O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, assegurou nesta quinta-feira que “chegou a hora de fechar a rota” migratória entre Líbia e Itália, um objetivo, em sua avaliação, ao “alcance” dos europeus.

“Chegou a hora de fechar a rota da Líbia para a Itália”, assegurou Tusk um dia antes de os chefes de Estado europeus abordarem esta rota do Mediterrâneo central em uma cúpula informal em La Valeta.

“Posso lhes assegurar que está ao nosso alcance. O que precisamos é uma total determinação de fazê-lo”, acrescentou o presidente do Conselho, em coletiva de imprensa, em Bruxelas, junto ao chefe de governo de unidade nacional líbio, Fayez al Sarraj.

A UE “demonstrou capacidade de fechar rotas migratórias”, assegurou Tusk, em alusão ao pacto fechado, em março de 2016, com a Turquia, que reduziu consideravelmente a chegada de migrantes à costa grega, a maioria sírios fugindo da guerra.

As chegadas à costa italiana alcançaram cifras recorde em 2016, com mais de 180.000 migrantes. Quatro mil e quinhentas pessoas perderam a vida tentando.

Al Sarraj mostrou a predisposição de seu governo para frear o fluxo de migrantes e lutar contra o tráfico de seres humanos, embora tenha exigido à UE adotar mecanismos “mais concretos” para ajudar seu país e uma maior ajuda econômica.

A Comissão Europeia propôs no fim de janeiro um apoio reforçado à guarda costeira líbia e às agências da ONU que socorrem os migrantes na Líbia, mas ainda precisa convencer sobre uma maior contribuição financeira aos países do bloco.