SÃO PAULO, 24 MAI (ANSA) – Por Luciana Ribeiro – Fácil acesso ao mar, passarelas adaptadas por toda sua extensão, águas cristalinas e areia branca: assim é “La Madonnina”, praia localizada em Fiumicino, na Itália, e totalmente estruturada para receber deficientes e pessoas com necessidades especiais.   

Situado a 30 quilômetros da capital Roma, o balneário é considerado um ambiente sem barreiras arquitetônicas e mentais.   

O local é aberto para todas as pessoas, que logo na entrada são recebidas pela estátua de uma “Madonnina” (Pequena Nossa Senhora) sobre as rochas.   

A estrutura da praia conta com rampas acessíveis que interligam as áreas de serviço, como bares, duchas, vestiários e guarda-sóis. Além disso, todas as cadeiras são adaptadas com rodas para facilitar o deslocamento dos deficientes.   

O ambiente ainda dispõe de médicos e equipamentos de emergência e tem o apoio da Federação Italiana de Natação Paralímpica, que atualmente treina voluntários para atender a todos os visitantes durante os banhos de mar.   

Exuberante e sem fins lucrativos, La Madonnina ficou famosa após o papa Francisco “pagar seu aluguel anual” com uma doação em dinheiro para a colônia de férias. A iniciativa teve como objetivo custear os gastos do local durante um ano, o que viabilizará a curtição de diversas pessoas com limitações físicas.   

No entanto a praia foi inaugurada em 2012, graças à associação Obra São Luis Gonzaga, que teve a ajuda de dom Massimo Consolaro, padre da igreja “La Madonnina”, e de um grupo de voluntários. Na ocasião, a colônia estava em concessão a um instituto de freiras abandonado por 30 anos. O grupo recuperou o local e deu início ao projeto solidário.   

A partir de então, as famílias e jovens que começaram a frequentar a estrutura faziam uma colaboração simbólica de cinco euros em troca do uso de espreguiçadeiras e guarda-sóis.   

Atualmente, o lucro gerado na praia é destinado ao projeto e à conservação do local.   

A estrutura fica aberta ao público das 9h às 19h locais, todos os dias da semana. (ANSA)