A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, afirmou hoje que a autoridade monetária não descarta a compra de ações no futuro, caso receba autorização do Congresso norte-americano. “Talvez em algum momento no futuro isto pode ser algo a ser considerado pelo Congresso”, ela disse durante um depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros.

A prática já é utilizada por outros bancos centrais do mundo, como o da Suíça, e tem sido considerada também pelo Banco Central Europeu (BCE) como uma ferramenta adicional em um mundo de baixa inflação e juros.

A dirigente voltou a mostrar inconformidade com o crescimento da produtividade do trabalhador norte-americano, que tem sido “excepcionalmente baixa”, em suas palavras. Ela lembrou que a expansão frágil nesse indicador prejudica os lucros e investimentos das companhias, o que também significa menores perspectiva de ganhos dos salários. Ela também reiterou que a queda da participação na força de trabalho acontece por causa do envelhecimento da população no país.

Sobre a alternativa de elevação da meta de inflação, Yellen disse que o Fed não avalia atualmente esta possibilidade e que ela precisa ser melhor estudada. Ela reiterou, por outro lado, que os 2,0% de inflação são uma meta, não um teto para a política monetária.

Respondendo a questionamentos levantados pelos membros da comissão, Yellen também defendeu a independência política do BC dos EUA em relação ao governo, bem como insinuações de que, ao manter os juros em patamar baixo, estaria ativamente ajudando a candidata democrata, Hillary Clinton. “Nunca percebi a política como um dos fatores por trás das decisões do Fed”, afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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