MILÃO, 15 JAN (ANSA) – Desfilando as novidades masculinas para a temporada outono-inverno 2019-20, as grifes italianas deixaram as passarelas nesta segunda-feira (14), encerrando a Semana de Moda de Milão. Os destaques da noite ficaram para a Fendi, que apostou em um jovem subversivo, e para a Emporio Armani, que abusou de peles em um visual de inverno nórdico.   

“Não há nada de mais subversivo para um jovem do que uma roupa formal”, declarou a estilista Silvia Venturini Fendi, antes de apresentar suas criações para a próxima temporada. Nesse desfile, dominaram o preto, o marrom e o bege nas peças, enquanto o conceito do show ficou para um dualismo entre o classicismo e o futurismo.   

Já a Emporio Armani apostou na ideia de uma natureza animal, que na passarela tomou forma de pelúcia, em casacões de pele rigorosamente ecológicos, segundo a grife, e inspirados em desenhos selvagens e impressões de habitantes das florestas. “Um mundo diverso, do Norte, que ninguém conhece bem, que vemos nos filmes e nos catálogos e que tem um sabor particular ligado à natureza do homem”, explicou Giorgio Armani.   

Protagonista dessa semana também foi a Dolce & Gabbana, que apresentou uma coleção pela primeira vez depois do escândalo com a China, onde os estilistas Stefano Gabbana e Domenico Dolce foram acusados de racismo e sexismo. O desfile da grife teve como título “Eleganza” e foi apresentado como uma reconstrução dos shows que eram feitos nas lojas de departamento dos anos 1960. Um porta-voz explicou cada uma das 127 saídas de modelos, e a coleção tem como objetivo lançar uma mensagem às novas gerações sobre elegância.   

Por fim, também teve destaque a Versace, que realizou o primeiro desfile depois de ter sido comprada pela americana Michael Kors.   

A grife da medusa ousou em uma temporada que reflete o conceito de homem hoje e ressignifica a masculinidade, inspirada em uma coleção dos anos 1990. “Hoje não se pode mais desenhar um perímetro preciso em torno do conceito de homem porque a sociedade moderna concedeu uma maior liberdade às pessoas de se expressar, não só com ações, mas com aquilo que se veste”, explicou Donatella Versace. (ANSA)