SÃO PAULO, 18 AGO (ANSA) – O mais grave atentado terrorista em Barcelona nos últimos 30 anos começou a tomar forma na noite da última quarta-feira (16), 200 quilômetros a sudoeste da capital da Catalunha.   

Às 23h20 (horário local), uma residência explodiu no município costeiro de Alcanar, na província de Tarragona. A casa ficou completamente destruída e servia como base para a célula terrorista, que a usava para armazenar cilindros de gás propano e butano.   

O incidente deixou uma pessoa morta e provavelmente motivou os jihadistas a acelerarem a execução de seu plano. Por volta de 17h de quinta-feira (17), uma van branca invadiu o calçadão de pedestres das Ramblas, um dos principais pontos turísticos de Barcelona, e avançou por aproximadamente 700 metros, deixando 13 mortos e mais de 100 feridos.   

Cerca de uma hora e meia depois, às 18h30, um carro rompeu um bloqueio da Polícia na Avenida Diagonal, que atravessa a metrópole. Nesse mesmo horário, um furgão alugado para a fuga dos terroristas era encontrado em Vic, 70 quilômetros ao norte da capital catalã, perto de uma unidade da rede Burger King. O veículo estava vazio, mas a Polícia achou documentos em nome de Driss Oukabir Soprano.   

Às 19h, as autoridades localizaram em Sant Just Desvern, cidade vizinha a Barcelona, o automóvel que cruzara um bloqueio na Avenida Diagonal. O dono do carro foi encontrado morto a facadas no assento do carona, mas o motorista está foragido. Ainda não está descartada uma ligação com o atentado das Ramblas.   

Pouco antes das 22h, a Polícia da Catalunha anunciou a prisão de duas pessoas: um marroquino, detido em Ripoll, pouco mais de 100 quilômetros de Barcelona, e um espanhol de Melilla, enclave do país europeu no Marrocos, capturado em Alcanar, o mesmo município da casa explodida.   

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

À 1h20 da madrugada desta sexta-feira (18), cerca de uma hora depois do pronunciamento do presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, um carro com cinco homens atropelou várias pessoas em Cambrils, 120 quilômetros a sudoeste de Barcelona, deixando uma mulher morta e cinco indivíduos feridos. Todos os terroristas foram abatidos pelas forças de segurança, quatro deles por um único agente.   

Às 03h50, as autoridades informaram a prisão de um terceiro suspeito, também em Ripoll. Às 13h20, foi divulgada a captura de outro homem na mesma cidade, elevando o número de detidos ligados aos atentados para quatro. Um deles é Driss Oukabir, irmão de Moussa Oukabir, um dos suspeitos foragidos.   

A Polícia atribui os episódios de Barcelona e Cambrils à mesma célula terrorista, que usava a casa de Alcanar como base. A quantidade de cilindros de gás encontrada na residência indica que o grupo planejava realizar ataques ainda maiores na Catalunha. (ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias