A Comissão de Ética da Presidência decidiu apurar a conduta do ministro da Saúde, Ricardo Barros, por ter participado de eventos eleitorais nos quais teria prometido a liberação de recursos da pasta, valendo-se do cargo. Após reunirem-se nesta segunda-feira (24), os membros do colegiado abriram um procedimento sobre o caso e determinaram o prazo de dez dias para que Barros se manifeste.

Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa do encerramento do 7 Fórum Nacional de Gestão da Atenção Básica (José Cruz/Agência Brasil)

 O ministro da Saúde, Ricardo Barros, será investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República José Cruz/Agência Brasil

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o ministro compareceu no fim de setembro a diferentes cidades do interior do Paraná e fez promessas como a construção de um hospital em Marialva e anunciou verbas para Apucarana, atendendo à reivindicação do prefeito candidato à reeleição.

O presidente da comissão, Mauro Menezes, disse que o processo foi aberto por iniciativa do próprio órgão e que é necessário investigar as atividades de Barros já que, em períodos eleitorais, é editada uma cartilha com condutas vedadas a ministros e demais integrantes do serviço público. “Autoridade com cargo de confiança não pode, no período eleitoral, prometer a seus eleitores cargos, obras ou verbas que dependam da sua atuação como autoridade. Claro que ela pode, como cidadão, participar [de eventos], mas é preciso que [essa participação] seja feita sem vinculação a repasse de verbas”, afirmou Menezes.

Após ser dado o direito de defesa ao ministro, o colegiado vai analisar o caso e, se comprovar que houve infração ética, poderá aplicar uma advertência ou até recomendar a sua exoneração. O órgão volta a reunir-se no dia 21 de novembro.

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