Procuradores-gerais de onze países começaram nesta quinta-feira a trocar informações em Brasília sobre o escândalo de corrupção da Odebrecht, que revelou um submundo de financiamento ilegal da política em países de três continentes.

A escala dos subornos a funcionários públicos em troca de obras e de medidas parlamentares orquestradas pelo grupo levou muitos governos a solicitarem informação ao Ministério Público brasileiro, que os convocou para a inusitada cúpula de dois dias.

Dos 14 países convidados, faltaram Moçambique, Antígua e Barbuda, El Salvador e Guatemala, informou o MP no início da reunião.

Grande parte da investigação sobre o esquema pagos de Odebrecht ainda corre sob sigilo.

“Haverá muitas reuniões bilaterais de procuradores”, disse uma fonte ligada à organização, que pediu para não ser identificada.

Além do Brasil, participam do encontro Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Portugal, Peru, República Dominicana e Venezuela.