O campeão da temporada surfe já está decidido, mas se engana quem pensa que a etapa de Pipeline do Circuito Mundial, que começa nesta quinta-feira, no Havaí, é apenas de festa para John John Florence. Muita gente ainda não garantiu a sua permanência na elite em 2017, casos dos brasileiros Wiggolly Dantas e Miguel Pupo, que precisam garantir matematicamente a vaga, terminando a temporada entre os 22 melhores surfistas do mundo.

No Circuito Mundial de Surfe, a primeira divisão é formada por 34 atletas fixos, mais dois “convidados” por evento. Ao final da temporada, os 22 mais bem colocados no ranking se garantem na primeira divisão, enquanto outros dez conseguem classificação por meio da divisão de acesso (WQS). Os outros dois fixos entram em um esquema de convite, normalmente dado para surfistas que sofreram com lesão na temporada, o que, em 2017, deve acontecer com Owen Wright e Bede Durbidge.

Depois de uma campanha bastante sólida na última temporada, Wiggolly chegou em 2016 com expectativa de ser uma das surpresas do campeonato e figurar entre os melhores do mundo. Seu início até que não foi dos piores, com um 13º lugar em Gold Coast e a quinta posição em Bells Beach, duas competições disputadas na Austrália.

Depois disso, só foi voltar a ter um bom resultado em Fiji, na quinta etapa do ano, onde novamente ficou com o quinto lugar, sendo eliminado por Kelly Slater em uma das melhores baterias do ano da lenda norte-americana. Após outros resultados ruins, chega ao Havaí com 22.400 pontos, apenas na 20ª posição.

Quem está um posto atrás de Wiggolly é Miguel Pupo. O surfista de São Sebastião, amigo de infância de Gabriel Medina, até está melhor do que no ano passado, quando se garantiu na elite graças a uma vitória no QS de Maresias, mas, com a 21ª posição, ainda pode deixar a primeira divisão. Para não correr riscos, na etapa havaiana precisa no mínimo empatar com Nat Young e Keanu Asing. Seus melhores resultados em 2016 foram os quintos lugares no Rio e em Peniche, em Portugal.

Entre os outros brasileiros, Alejo Muniz e Alex Ribeiro, em 30º e 34º no ranking, já não têm mais chances de se manterem na elite para a próxima temporada. Jadson André, atual número 25 do mundo, se garantiu graças ao bom desempenho no WQS, incluindo o 7º lugar no Vans World Cup of Surfing, em Sunset Beach, mesma competição que colocou Ian Gouveia na elite pela primeira vez na carreira.

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Caio Ibelli, Ítalo Ferreira, Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina, todos entre os 15 melhores do mundo, não têm grandes preocupações em relação a ranking na última etapa do ano. Apesar disso, o campeão mundial em 2014, atual segundo colocado no ranking, não esconde a expectativa e o sonho de ser campeão da etapa havaiana. “Meu objetivo é ganhar em Pipeline. Bati na trave duas vezes e agora quero vencer. Sempre foi um sonho conquistar essa etapa e vou lá para isso. Tomara que consiga”, disse Medina, lembrando que foi vice-campeão em 2014 e em 2015.

Confira as baterias da primeira fase da etapa de Pipeline:

Julian Wilson x Wiggolly Dantas x Ryan Callinan

Kolohe Andino x Miguel Pupo x Bede Durbidge

Matt Wilkinson x Nat Young x convidado

Jordy Smith x Keanu Asing x convidado

Gabriel Medina x Kanoa Igarashi x convidado

John John Florence x Jadson André x convidado

Adriano de Souza x Conner Coffin x Alex Ribeiro

Joel Parkinson x Stuart Kennedy x Jeremy Flores

Filipe Toledo x Josh Kerr x Adam Melling


Kelly Slater x Caio Ibelli x Kai Otton

Sebastian Zietz x Italo Ferreira x Jack Freestone

Adrian Buchan x Michel Bourez x Davey Cathels


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