A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou nesta sexta-feira a convocação de 18 atletas para o Campeonato Pan-Americano da modalidade, que será disputado entre os dias 28 e 30 de abril na Cidade do Panamá. Serão nove judocas na disputa masculina e outras nove na feminina, com destaque para Rafaela Silva, medalha de ouro na Olimpíada do Rio, no ano passado.

Rafaela é a única judoca que esteve nos Jogos do Rio a ser chamada para o Pan-Americano. A própria CBJ explicitou a intenção de renovar a equipe, já visando o ciclo olímpico para a Olimpíada de Tóquio, em 2020, mas fez questão de exaltar a qualidade dos atletas chamados para competir no Panamá.

“A hora para fazer testes é agora. A escolha desses atletas foi feita com o objetivo de testarmos novos nomes numa competição como o Pan, que é um ótimo laboratório para isso. Estamos indo com uma equipe forte, com atletas de alto nível, mas que ainda demanda mais experiência em competições de adultos. A maioria dos atletas tem 25 anos ou menos”, explicou o gestor de alto rendimento da CBJ, Ney Wilson.

Rafaela Silva faz parte desta renovação por causa de sua pouca idade. Apesar de já ter competido em duas Olimpíadas, a medalhista de ouro no Rio na categoria até 57kg tem somente 24 anos. Se este time jovem representará o País no Pan-Americano, os principais nomes da modalidade deverão ir para o Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia.

“Alguns dos atletas atualmente mais bem colocados no ranking mundial serão convocados para o Grand Slam de Ecaterimburgo em maio e, se aproveitarem as oportunidades, naturalmente estarão no Campeonato Mundial de Budapeste, no fim de agosto”, disse Ney Wilson.

O próprio dirigente ressaltou a “abertura de um novo leque” de opções para o novo ciclo olímpico e a necessidade de criar competição em cada categoria. Entre os jovens judocas convocados, destaque para Stefannie Koyama, de 21 anos, que vem de títulos no Grand Prix de Tbilisi e no Grand Slam de Baku, na categoria até 48kg.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

“Nos últimos dois anos, o investimento esteve concentrado em alguns atletas visando ao melhor desempenho nos Jogos Rio 2016. Precisamos abrir o leque neste início de novo ciclo. É importante estimular uma competitividade saudável dentro das categorias, seguindo a linha de atuação que nos levou a desenvolver o ranking nacional em 2017”, avaliou Ney Wilson.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias