A seleção brasileira está definida para o seu segundo amistoso em Melbourne, nesta terça-feira, às 7h05 (de Brasília), diante da Austrália. Nesta segunda, a equipe encerrou a preparação para o compromisso com um treinamento no Lakeside Stadium em que o técnico Tite confirmou uma escalação com oito alterações em relação ao duelo contra a Argentina, na última sexta, quando a equipe perdeu por 1 a 0.

Tite comandou trabalho tático em campo reduzido. E escalou o time titular com apenas três jogadores que começaram contra a Argentina: o zagueiro Thiago Silva, o volante Paulinho e o meia Philippe Coutinho. Só uma das alterações foi realizada por necessidade: a entrada de Diego Souza na vaga de Gabriel Jesus, que sofreu uma fratura na órbita esquerda após ser atingido pelo cotovelo de Otamendí no jogo de sexta-feira.

As mudanças por opção começaram no gol, onde Diego Alves trabalhou no lugar de Weverton. Nas laterais, Rafinha e Alex Sandro substituirão Fagner e Filipe Luís, respectivamente. Rodrigo Caio treinou ao lado de Thiago Silva na zaga, enquanto que David Luiz foi escalado como volante, no lugar de Fernandinho, na maior surpresa da seleção para o duelo contra a Austrália. Além disso, Douglas Costa e Giuliano treinaram no setor ofensivo, nas vagas de Renato Augusto e Willian.

A seleção terá mais um capitão diferente sob o comando de Tite. Nesta segunda-feira, o treinador confirmou que a braçadeira será utilizada pelo meia-atacante Philippe Coutinho, do Liverpool.

Desde que assumiu a seleção, Tite tem optado pelo revezamento na função de capitão da equipe. E Philippe Coutinho será o nono jogador a vestir a braçadeira com o treinador, em função que já foi desempenhada por Miranda, Renato Augusto, Daniel Alves, Filipe Luís, Fernandinho, Neymar, Robinho (em amistoso que só contou com jogadores que atuam no futebol brasileiro) e Thiago Silva.

Curiosamente, o anúncio de que Philippe Coutinho será capitão se deu no mesmo dia em que o jogador do Liverpool completou 25 anos. Tite garantiu, porém, que a escolha não foi um “presente”, pois nem sabia da data comemorada pelo jogador.

“Acho quando o professor chegou, nos trouxe a confiança, o trabalho duro a cada treinamento. A seleção foi evoluindo, jogando bem, merecendo vencer os jogos e hoje a seleção joga num nível diferente. Falando da braçadeira, para mim é um momento especial, recebi a notícia no dia do meu aniversario também. Então, é uma felicidade muito grande”, comemorou o meia.

Entretanto, Philippe Coutinho descartou a responsabilidade de assumir o protagonismo do time na ausência de Neymar, que não foi convocado por Tite para os amistosos contra a Argentina e a Austrália. “A responsabilidade dentro do campo a gente divide entre todos os jogadores. O jogo é coletivo. Claro que quando o Neymar está, ele é uma peça diferente, cria as jogadas, é um dos melhores do futebol, mas a responsabilidade é dividida entre todos”, frisou.