A fabricante de equipamentos para celulares chinesa ZTE admitiu sua culpa e pagará aos Estados Unidos quase US$ 900 milhões por enviar ao Irã tecnologia sensível feita nos EUA, em violação a sanções impostas por Washington, anunciou nesta terça-feira o Departamento de Justiça americano. A companhia violou controles de exportação que têm como objetivo impedir que tecnologia americana chegue às mãos de regimes hostis e também mentiu a investigadores federais sobre suas ações, disse o procurador-geral americano, Jeff Sessions.

A ZTE também concordou em pagar mais US$ 300 milhões e ser suspensa por sete anos caso não cumpra os termos do acordo fechado, que inclui a nomeação de um monitor de boas práticas corporativas. O acordo é a maior multa em âmbito civil imposta pelo Departamento de Comércio em um caso de controle de exportações.

O governo do presidente Donald Trump buscou retratar o acordo como um sinal de que pretende endurecer para quem violar sanções. O secretário de Comércio americano, Wilbur Ross, disse que aqueles que tentarem contornar as sanções econômicas e os controles de exportação dos EUA “não ficarão impunes”. Boa parte da investigação foi conduzida no governo do ex-presidente Barack Obama.

Segundo os documentos judiciais, a ZTE obteve produtos banidos, entre eles equipamentos de rede de celular, durante um período de seis anos e os despachou para clientes no Irã, mesmo sabendo que com isso violava as sanções. A companhia também fez 283 embarques de equipamentos de celulares para a Coreia do Norte, violando igualmente embargos dos EUA contra esse país.

Fundada em 1985, a ZTE tem sede na província de Cantão. Trata-se de uma das maiores companhias do setor de telecomunicações no mundo, com subsidiárias nos Estados Unidos, na Ásia, na Europa e na América do Sul. Fonte: Associated Press.

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