Chelsea Manning, a soldado transgênero e ex-analista de Inteligência do Exército presa por vazar informações secretas ao WikiLeaks, causou furor ao posar de maiô vermelho para a edição de setembro da revista Vogue.

“Acho que é isso que significa liberdade”, declarou Manning em um post em uma rede social junto com a imagem feita na sessão de fotos pela famosa fotógrafa Annie Leibovitz, que mostra Manning caminhando pela praia e passando a mão pelo cabelo molhado.

“Chelsea Manning mudou o curso da história. Agora ela está focada em si mesma”, diz o título da longa entrevista com Manning, que se tornou um ícone para os ativistas transgênero.

A foto e o artigo ganharam maior atenção das redes sociais nesta sexta-feira, com comentários a favor e contra Manning, que completará 30 anos em dezembro.

Chealsea Manning foi sentenciada a 35 anos de prisão em 2013 por vazar mais de 700.000 documentos secretos ao WikiLeaks três anos antes, quando ainda era conhecida como Bradley.

Ela serviu por sete anos, e por duas vezes tentou o suicídio, antes do então presidente Barack Obama comutar sua pena a poucos dias de deixar o cargo, em janeiro.

Manning deixou a prisão masculina de Fort Leavenworth em maio.

Durante o período em que ficou presa, batalhou – e venceu – pelo direito de começar um tratamento hormonal. Agora ela está com o cabelo curto e loiro, e adotou um visual forte.

Para alguns americanos, ela é uma heroína que pagou caro pelo vazamento de embaraços telegramas diplomáticos dos EUA e documentos militares secretos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão. Para outros, ela é uma traidora.

Até o momento, o tuíte de Manning com a foto da Vogue teve 3.600 retuítes e foi curtido por 27.000 pessoas.