Logo após a derrota do Paraguai para o Brasil por 3 a 0 na Arena Corinthians, o técnico paraguaio Arce deu uma cutucada em Tite, dizendo que o treinador brasileiro era “nervosinho demais” e que “apelou” sem razão por causa de uma falta em Neymar. Poucos minutos depois, durante sua entrevista coletiva, o comandante do Brasil explicou a confusão com o adversário, dizendo que pediu apenas para os rivais não fossem violentos com faltas por trás.

“Vamos esclarecer o que falei para ele: ‘Por trás, não! Por trás, não!’. Eu não disse que ele mandou bater. Eu fui porta-voz do lance por trás no Neymar, que é um lance que merecia expulsão. Eu falei isso: ‘Por trás, não’. Quem tem imagem, pode ver. Foi isso que cobrei dele. Lealdade”, explicou o brasileiro, que aproveitou a oportunidade para negar que o adversário tenha sido maldoso durante o jogo, apesar da superioridade do time da casa: “Eles não foram desleais. Usaram o artifício de falta só. Só naquele lance do Neymar. E não foi uma crítica a ele. Não foi, peguem a linguagem labial”.

O treinador brasileiro, que durante a entrevista coletiva ainda pôde comemorar a classificação antecipada do Brasil para a Copa do Mundo de 2018, elogiou a postura do time treinado por Arce, que pode ter aprendido muito do que sabe no futebol brasileiro, já que fez história com as camisas de Grêmio e Palmeiras: “O Paraguai veio muito bem fechado. Tivemos dificuldade na articulação para que a bola chegasse no Neymar, porque estavam bloqueando. Em compensação, davam o lado direito para o Coutinho, que buscou essa saída. A nossa equipe teve um grau de concentração muito grande durante os 90 minutos”.

Com 33 pontos somados em 14 jogos nas Eliminatórias, o Brasil é a primeira seleção, além da Rússia, a garantir lugar no próximo Mundial. Já o Paraguai, com 18, precisa de bons resultados nas quatro rodadas finais a serem disputadas na competição para ainda ter chances de ir à Copa, o que não acontece desde a edição de 2010. Na ocasião, os paraguaios, chegaram até as quartas de final, sendo eliminados pela Espanha, que, dias depois, seria campeã mundial.