Centrais sindicais e movimentos sociais já dão como certa a adesão de diversas categorias na paralisação convocada para esta sexta-feira, 28, contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional. As reformas da Previdência e trabalhista são os principais alvos.

Na capital paulista, metroviários, motoristas de ônibus e professores aderiram à chamada greve geral e devem parar durante todo o dia. O Sindicato dos Metroviários e o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo prometem uma paralisação geral durante o dia. Os metroviários prometerem parar durante 24 horas, mas não divulgaram se a paralisação vai atingir todo o sistema de trem e metrô. Já os motoristas têm uma reunião marcada na tarde desta quarta-feira para definir a extensão da greve.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirmou que os professores da rede estadual são contrários à reforma da Previdência e à terceirização e vão paralisar suas atividades na sexta-feira, assim como os servidores municipais. Para estes, o prefeito João Doria (PSDB) afirmou que o Executivo vai descontar o dia parado na folha de pagamento daqueles que aderirem à manifestação.

Na rede particular de ensino, os sindicatos que integram a Federação dos Professores do Estado de São Paulo, e representam os professores, auxiliares e técnicos de ensino da rede privada, anunciaram que participarão da paralisação. “Estamos unidos para barrar reformas lesivas aos trabalhadores, especialmente perversas aos professores, promovidas por um governo sem voto”, afirmou Celso Napolitano, presidente da Federação.

Em assembleia realizada na segunda-feira, 24, em São Bernardo, os metalúrgicos do ABC paulista também aprovaram a mobilização para a greve geral. “A intenção do governo com esse discurso de déficit na Previdência é empurrar todos os trabalhadores para a previdência privada”, disse Aroaldo Oliveira, vice-presidente do sindicato.

Além dessas categorias, entidades que representam bancários, motoboys, petroleiros e profissionais da saúde do Estado de São Paulo também comunicaram adesão à paralisação. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical divulgaram nesta quarta-feira que todas as categorias profissionais vinculadas às entidades participarão do movimento.

Segundo a CUT, sindicatos dos 26 Estados e do Distrito Federal aderiram à paralisação, entre eles trabalhadores dos transportes públicos, portuários, aeronautas, petroleiros, professores, metalúrgicos, químicos e bancários. A Força divulgou que, em São Paulo, vão parar ônibus, metrô e trens, além de metalúrgicos, químicos e trabalhadores da construção civil.

Na capital paulista, uma manifestação chamada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo está marcada para as 17 horas no Largo da Batata. No Rio de Janeiro, um ato está programado para as 15 horas na Cinelândia.