A Cemig anunciou nesta segunda-feira, 30, que os acionistas aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), as mudanças nas condições para que o Redentor Fundo de Investimento em Participações (FIP Redentor) exerça a opção de venda das ações da Parati, companhia pela qual a estatal mineira tem participação no capital da Light. O acordo, acertado em 2011, previa que o Fundo poderia optar por vender suas ações da Parati para a Cemig, ou para uma terceira parte indicada pela estatal, ao final de 60 meses. A Cemig acertou que esse prazo, que venceria no dia 31 de maio, passe a ser de 77 meses. Para fechar o acordo com o FIP Redentor, a Cemig ofereceu units da Transmissora Aliança de Energia (Taesa), que representam R$ 1,075 bilhão, valor do aporte feito pelo Fundo na Parati. Além disso, como reforço de garantia, a estatal ofereceu também sua participação indireta na Light, que correspondem a 26,06% do total de ações emitidas pela companhia. Em setembro do ano passado, o FIP Redentor avisou à Cemig que exerceria a Opção de Venda. Em novembro, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Fabiano Maia Pereira, estava otimista em conseguir um comprador para as ações da Parati. “Estamos conversando com alguns investidores e a sinalização é muito favorável a termos uma solução antes do vencimento”, disse à época. Os acionistas aprovaram também a flexibilização nos limites que devem ser cumpridos pela Cemig em alguns índices financeiros. A estatal mineira poderá ultrapassar as metas de alavancagem. Atualmente, pelo Estatuto Social da empresa, o endividamento consolidado deve ficar em até 4,12 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), e a dívida líquida deve representar até 52% do patrimônio líquido. Outra meta que teve a ultrapassagem aprovada foi o limite para investimentos de capital e para aquisição de ativos, que atualmente é de 146% do Ebitda. O orçamento anual de 2016 já prevê que esses índices devem ser ultrapassados.