A célula terrorista responsável pelos atentados em Barcelona e em Cambrils, nos dias 17 e 18 de agosto, planejava usar 100 quilos de explosivo TATP distribuídos em três vans, de modo a lançar ataques mais violentos – afirmou o jornal “El Periódico” nesta quinta-feira (14).

Segundo o veículo catalão, a informação foi dada à Justiça por Mohamed Houli Chemlal, o único sobrevivente da explosão acidental na casa em que o grupo fabricava os explosivos, em Alcanar (200 quilômetros a sudoeste de Barcelona).

O ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, não quis confirmar a informação, alegando que o caso está sob segredo de Justiça.

De acordo com o jornal, a intenção do grupo era dividir o explosivo em 20 sacos e, depois, detoná-los perto de monumentos em Barcelona.

Esta seria uma quantidade de explosivo muito maior do que o normalmente apreendido pelas Polícias da Europa em operações antiterroristas.

Conhecido entre os extremistas como “a mãe de Satã”, o TATP (triperóxido de triacetona) é usado por integrantes do grupo Estado Islâmico (EI) pela conveniência de poder ser fabricado com substâncias de fácil acesso, compradas, por exemplo, em farmácias.

Foi usado nos atentados de Paris, em novembro de 2015, de Bruxelas, em março de 2016, e de Manchester, em maio de 2017, entre outros.