O Catar, imerso em uma crise diplomática com os vizinhos do Golfo, afirmou neste sábado que está examinando uma lista de 13 demandas formuladas por seus rivais, mas antecipou que “não são razoáveis”.

Na lista, que circula nas redes sociais mas não foi oficializada, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito exigem, entre outras medidas, que o Catar limite as relações com o Irã e feche o canal de televisão Al-Jazeera.

O documento dá prazo de 10 dias para o cumprimento das exigências, mas o Catar considera que “não estão destinadas a lutar contra o terrorismo e sim a interferir em sua política externa”, segundo o diretor do gabinete de Comunicação do governo, xeque Saif ben Ahmed Al Thani.

O Catar também afirma que a lista “não é razoável nem factível”, ao citar palavras usadas durante a seman pelo secretário de Estado americano Rex Tillerson, que visitou o Catar e a Arábia Saudita.

Em maio, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito decidiram romper relações com o Catar, país que acusam de apoiar grupos terroristas e de aproximação com o Irã, o principal rival regional dos sauditas.

A lista também pede o fim das supostas relações do Catar com os grupos jihadistas Estado Islâmico (EI) e Al-Qaeda, assim como com o movimento libanês xiita Hezbollah e a Irmandade Muçulmana.

Também pede o fechamento de uma base militar turca no Catar, segundo a versão da lista que circula nas redes sociais.

Além disso, a lista inclui um pedido para que o Catar extradite os opositores de países do Golfo e do Egito que estão em seu território, assim como o fechamento da Al-Jazeera e de outros meios de comunicação, como Arabi21, Rassd, Al-Arabi Al-Jadid e Middle East Eye.