SÃO PAULO, 9 ABR (ANSA) – Se há 10 anos a consciência ambiental nos lares se limitava à reciclagem de lixo e à economia de energia elétrica e água, hoje é cada vez mais viável viver ou trabalhar em um imóvel totalmente sustentável, com baixo impacto no meio ambiente.   

Graças aos avanços tecnológicos e à busca por um estilo de vida mais equilibrado nas grandes cidades, o mercado de construção civil oferece atualmente incontáveis soluções ecológicas, desde revestimentos até captação de recursos naturais.   

“Temos visto uma tendência na última década de famílias que se preocuparam em viver e oferecer aos filhos experiências sustentáveis. Existe hoje uma procura maior por apartamentos de médio e alto padrão com soluções ambientais”, disse à ANSA Ana Rocha Melhado, professora titular do Curso de Engenharia Civil e Coordenadora da Pós Graduação em Construções Sustentáveis da FAAP e sócia-diretora da proActive Consultoria.   

“Além disso, existe uma maior conscientização internacional. A mídia está muito focada em alimentação mais saudável, espaços externos, comidas orgânicas. Toda essa preocupação com o corpo leva à aquisição de um imóvel sustentável”, acrescentou.   

Segundo a especialista, para se projetar um imóvel sustentável, é preciso considerar três pilares: gestão de energia, de água e de resíduos. Para cada item, Melhado elencou as medidas que podem ser adotadas no projeto.   

Para a gestão de água, a professora indicou a instalação de bacias dual flush, torneiras com arejadores e restritores de vazão, torneiras com fechamento automático, medição individualizada de água, válvulas redutoras de pressão e sistema de aproveitamento de águas pluviais.   

Na gestão de resíduos, a recomendação é criar áreas de armazenamento que já dimensionam para a coleta seletiva, com ponto de água, ralo sifonada e revestimento adequado para facilitar a limpeza. Além disso, é possível instalar containers adequados e praticar a compostagem (técnicas para estimular a decomposição de materiais orgânicos).   

Para a gestão de energia, a especialista recomendou um projeto que avalie a eficiência energética do imóvel, monitorando o consumo de energia em kWh/m²/ano e estabelecendo metas. Melhado sugeriu ainda a adoção de sistemas de energia por fonte renováveis (eólica e solar), e a busca pela orientação solar do imóvel, potencializando a iluminação natural. No entanto, os imóveis que já estão construídos podem se beneficiar fazendo alterações pontuais em estruturas físicas e em eletrodomésticos. “Trocar todo o Sistema de iluminação (lâmpadas), todos os chuveiros, torneiras e bacias sanitárias é um gesto econômico que já resulta em uma significativa economia de água. Se a pessoa tiver um pouco mais de recursos para investir, sugiro a criação de um sistema de reaproveitamento de água da chuva, mas com apoio de um profissional”, orientou Melhado.   

De acordo com ela, a troca de geladeiras, máquinas de lavar, ferro elétrico e chuveiros elétricos também potencializam a gestão de energia e água. “Se você fizer tudo isso, com um uso consciente de água e energia, já reduzirá em torno de 30% a 40% o consumo de água, e de 20% o de energia”, prometeu.   

SÃO PAULO, 9 ABR (ANSA) – Se há 10 anos a consciência ambiental nos lares se limitava à reciclagem de lixo e à economia de energia elétrica e água, hoje é cada vez mais viável viver ou trabalhar em um imóvel totalmente sustentável, com baixo impacto no meio ambiente.   

Graças aos avanços tecnológicos e à busca por um estilo de vida mais equilibrado nas grandes cidades, o mercado de construção civil oferece atualmente incontáveis soluções ecológicas, desde revestimentos até captação de recursos naturais.   

“Temos visto uma tendência na última década de famílias que se preocuparam em viver e oferecer aos filhos experiências sustentáveis. Existe hoje uma procura maior por apartamentos de médio e alto padrão com soluções ambientais”, disse à ANSA Ana Rocha Melhado, professora titular do Curso de Engenharia Civil e Coordenadora da Pós Graduação em Construções Sustentáveis da FAAP e sócia-diretora da proActive Consultoria.   

“Além disso, existe uma maior conscientização internacional. A mídia está muito focada em alimentação mais saudável, espaços externos, comidas orgânicas. Toda essa preocupação com o corpo leva à aquisição de um imóvel sustentável”, acrescentou.   

Segundo a especialista, para se projetar um imóvel sustentável, é preciso considerar três pilares: gestão de energia, de água e de resíduos. Para cada item, Melhado elencou as medidas que podem ser adotadas no projeto.   

Para a gestão de água, a professora indicou a instalação de bacias dual flush, torneiras com arejadores e restritores de vazão, torneiras com fechamento automático, medição individualizada de água, válvulas redutoras de pressão e sistema de aproveitamento de águas pluviais.   

Na gestão de resíduos, a recomendação é criar áreas de armazenamento que já dimensionam para a coleta seletiva, com ponto de água, ralo sifonada e revestimento adequado para facilitar a limpeza. Além disso, é possível instalar containers adequados e praticar a compostagem (técnicas para estimular a decomposição de materiais orgânicos).   

Para a gestão de energia, a especialista recomendou um projeto que avalie a eficiência energética do imóvel, monitorando o consumo de energia em kWh/m²/ano e estabelecendo metas. Melhado sugeriu ainda a adoção de sistemas de energia por fonte renováveis (eólica e solar), e a busca pela orientação solar do imóvel, potencializando a iluminação natural. No entanto, os imóveis que já estão construídos podem se beneficiar fazendo alterações pontuais em estruturas físicas e em eletrodomésticos. “Trocar todo o Sistema de iluminação (lâmpadas), todos os chuveiros, torneiras e bacias sanitárias é um gesto econômico que já resulta em uma significativa economia de água. Se a pessoa tiver um pouco mais de recursos para investir, sugiro a criação de um sistema de reaproveitamento de água da chuva, mas com apoio de um profissional”, orientou Melhado.   

De acordo com ela, a troca de geladeiras, máquinas de lavar, ferro elétrico e chuveiros elétricos também potencializam a gestão de energia e água. “Se você fizer tudo isso, com um uso consciente de água e energia, já reduzirá em torno de 30% a 40% o consumo de água, e de 20% o de energia”, prometeu.