A Casa Branca disse nesta sexta-feira que considera a crescente crise no Golfo Pérsico “um assunto familiar”, exortando os líderes árabes a traçar uma saída, com a ajuda dos Estados Unidos.

Ao comentar as exigências impostas ao Catar por Arábia Saudita e seus aliados para suspender o bloqueio de quase três semanas que pesa sobre Doha, o porta-voz da Casa Branca Sean Spicer declarou: “acreditamos que isto é um assunto familiar”.

“Se pudermos ajudar a facilitar estas discussões, que assim seja, mas isto é algo que querem e devem fazer por si mesmos”.

As exigências impostas ao Catar envolvem o fechamento da rede de televisão Al-Jazeera e a redução do nível da relação diplomática com o Irã, entre outras.

Perguntado sobre a Al-Jazeera e a defesa dos Estados Unidos à liberdade de imprensa, o porta-voz respondeu: “vamos desempenhar um papel de facilitador nestas discussões, mas este é um debate que os países devem manter entre si”.

A Al-Jazeera denunciou a exigência como um ataque à liberdade de imprensa.

Em 5 de junho, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos lideraram uma ruptura de todos os seus vínculos com o Catar, alegando que apoia o grupo Estado Islâmico (EI) e sua proximidade com Teerã. Outros aliados, como Bahrein e Egito, acompanharam a decisão.

Arábia Saudita acusa regularmente o Irã – seu adversário regional – de interferir em todo o Oriente Médio.