Em campanha por uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, o Canadá confirmou nesta sexta-feira seu retorno à cena internacional ao anunciar uma contribuição de 600 militares e 350 milhões de dólares americanos para as missões de paz.

O governo liberal do primeiro-ministro, Justin Trudeau, renova assim o compromisso do Canadá com o multilateralismo e se posiciona melhor em sua aposta para obter uma cadeira rotativa no Conselho.

“O Canadá deve ser um ator positivo no mundo”, declarou Trudeau em visita a Quebec, destacando que “enviar nossas tropas ao exterior é uma grande responsabilidade”.

“O compromisso de aumentar a participação canadense nas operações de paz da ONU e apoiar seus esforços de mediação, prevenindo conflitos e envolvendo-se na reconstrução pós-conflito” dará ao Canadá “uma voz mais forte no cenário mundial”, disse o chanceler Stepahane Dion em coletiva de imprensa, ao anunciar essa contribuição.

Ainda não foi tomada uma decisão sobre onde serão colocados os efetivos canadenses, disso o ministro de Defesa, Harjit Sajjan.

A ONU parabenizou a decisão canadense, considerando que “terá um grande impacto”.

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O porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric, assinalou que “não há dúvida de que as forças armadas canadenses podem nos ajudar a reforçar nossa capacidade em todo o mundo”.

O Canadá se distanciou da ONU durante a gestão do conservador governo anterior, de Stephen Harper, que anunciou sua aposentadoria da vida política.

Trudeau anunciou em fevereiro, durante a visita do secretário-geral da ONU – Ban Ki-moon – a Ottawa, que o Canadá buscaria uma cadeira no Conselho de Segurança.

“É tempo de sair do nosso isolamento para enfrentar os piores desafios do mundo a longo prazo”, declarou Dion.


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