A prefeitura de Belo Horizonte vai aproveitar os foliões que sairão às ruas para brincar o carnaval para fazer campanha de combate ao trabalho infantil e à violência sexual contra crianças e adolescentes. Haverá blitzes durante a folia e distribuição de materiais gráficos. Sessenta fiscais vão circular entre os blocos.

A marchinha Aqui Não, BH É da Proteção, composta voluntariamente pelos músicos Eros Siqueira e Bruno Malagut, poderá ser executada livremente nos desfiles. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente de Minas (Fectipa-MG) e o Ministério do Trabalho.

“Muitas crianças e adolescentes veem esses grandes eventos como oportunidades para ganhar dinheiro de maneira informal, seja por meio da venda de mercadorias ou até sendo vítimas da exploração sexual. Por isso, é fundamental o trabalho de conscientização nessas ocasiões”, disse a servidora da Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais (SRTE/MG), Elvira Cosendey.

De acordo com levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) divulgado no ano passado, o trabalho infantil no Brasil cresceu 4,5% entre 2013 e 2014 e alcançou 3,331 milhões de crianças e adolescentes na faixa de 5 a 17 anos de idade.