O movimento do câmbio no mês de junho, quando houve apreciação cambial de 10,7%, influenciou diretamente a conta de juros pagos no mês e também a relação entre a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e o Produto Interno Bruto (PIB), afirmou nesta sexta-feira, 29, o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha. Pelos dados divulgados mais cedo pela instituição, a dívida líquida saltou de 39,6% para 42,0% do PIB de maio para junho.

“Com a apreciação cambial, a dívida líquida aumenta”, comentou Rocha, lembrando que o País é atualmente credor em moeda estrangeira.

“Aproximadamente 2 pontos porcentuais derivam do câmbio”, acrescentou Rocha, ao explicar o aumento da relação dívida líquida/PIB no período.

Por outro lado, a apreciação cambial faz diminuir a dívida bruta. Foi o que ocorreu de maio para junho, embora a redução no período tenha sido “ligeira”, como classificou Rocha. Em maio, a Dívida Bruta do Governo Geral havia atingido 68,6% e, em junho, ela ficou em 68,5% do PIB.


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