A Promotoria do Brooklyn modificará a forma como processa os crimes cometidos por imigrantes ilegais, a fim de limitar o risco de expulsão que os afeta sob a administração do presidente Donald Trump.

O promotor do distrito do Brooklyn, Eric Gonzalez, indicou em um comunicado nesta segunda-feira que seus funcionários farão todos os esforços para evitar que imigrantes ilegais processados enfrentem “consequências colaterais desproporcionais, tais como a expulsão”.

Consequentemente, os promotores levarão em conta desde o início do processo o eventual status de clandestino do acusado, e “na medida do possível”, incentivarão acusações que, “não comprometendo a segurança pública, não levem à sua expulsão ou a outras consequências desproporcionadas”, afirmou Gonzalez.

Gonzalez, cujo anúncio foi comemorado pela associação de defesa dos imigrantes, a New York Immigration Coalition, nega, no entanto, querer impedir que o governo federal “deporte os não-cidadãos cujos atos realmente colocaram outros em perigo”.

Muitos crimes graves, começando por crimes violentos, “implicam consequências inevitáveis, com frequência apropriadas” em matéria de imigração, disse ele.

A medida ilustra a vontade das autoridades democratas de Nova York de resistir ao endurecimento preconizado por Trump para os cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos.

Nova York, a maior metrópole dos Estados Unidos, faz parte do grupo de mais de 200 cidades “santuário” que rejeita que suas forças policiais e outros serviços municipais ajudem as autoridades federais de imigração a detectar ilegais que não cometeram crimes violentos.

A administração Trump ameaçou privar esses municípios de numerosos fundos.