Uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov e divulgada nesta quinta-feira (27) pelo jornal “Times” mostra que uma parte dos britânicos já se mostra arrependida pela saída do país da União Europeia, o chamado “Brexit”.

De acordo com a publicação, para 45% dos entrevistados a saída é um “erro” enquanto 43% mantém sua postura e acreditam que esse é o melhor caminho e 12% se dizem indecisos quanto ao tema.

Em junho do ano passado, 51,9% dos britânicos votaram a favor do “Leave” e o processo formal de saída, com a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, foi iniciado em 29 de março. Agora, são esperados ao menos dois anos de negociação para a separação total de fato.

Manifestante contrária ao Brexit, em Downing Street - AFP
Manifestante contrária ao Brexit, em Downing Street – AFP

Italianos no Reino Unido. Em uma audiência na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, informou que protegerá seus cidadãos na Grã-Bretanha durante o processo do “Brexit”. O premier foi à Câmara para responder as dúvidas dos parlamentares em vista do Conselho Europeu extraordinário, que ocorrerá em Bruxelas.

“Estamos interessados no fato de que, entre as prioridades da negociação, já na primeira fase, esteja o destino dos cidadãos de diversos países europeus que moram no Reino Unido, Incluindo os 15% que são italianos. Temos o dever e o direito de pretender para nossos cidadãos as proteções e direitos administrativos corretos”, disse o premier.

Gentiloni ainda falou que aqueles políticos que afirmaram que o “Brexit” seria uma “explosão da União Europeia” estão “completamente errados”.

“Nós estamos na direção da negociação com alguns princípios inspiradores. Nós somos e permanecemos aliados do Reino Unido.

Não confundamos as dinâmicas que se abriram com o ‘Brexit’ com uma negociação que será muito complicada”, ressaltou.

Quem também comentou sobre a saída britânica do bloco foi a chanceler alemã, Angela Merkel. Segundo a líder, “um terceiro Estado, como será a Grã-Bretanha, não poderá ter os mesmos direitos de um Estado europeu”. “Tenho a sensação de que algumas pessoas na Grã-Bretanha estão se enchendo de ilusões e deve ser explicado, claramente, que esse tempo acabou”, acrescentou.

(ANSA)