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As partidas de tênis de mesa na Olimpíada Rio-2016, disputadas no Riocentro, têm sido marcadas pela barulhenta torcida que apoia os atletas brasileiros.
Hugo Calderano, que passou para a terceira fase após vencer o sueco Par Gerell (32º no ranking mundial) por 4 sets a 1 (13/11; 11/9; 11/7; 9/11 e 13/11), disse que o barulho, incomum nesse esporte, não foi um obstáculo para ele.
“O tênis de mesa não é muito popular no Brasil, então eu não esperava tanto gente torcendo e gritando por mim”, afirmou Calderano. “Como atleta, não posso me deixar afetar. Tenho que manter o foco e continuar no meu jogo.”
Essa foi uma reação diferente da demonstrada pela chinesa naturalizada brasileira Gui Lin, que, neste sábado (6), chegou a levantar a mão durante uma partida para pedir o silêncio da torcida. Ela acabou derrotada pela espanhola Galia Dvorak por 4 a 2.
“Neste esporte, você precisa de silêncio para manter o foco. Havia outras três mesas com jogos, e pensei que não era justo que os outros fossem perturbados por minha causa”, afirmou Gui Lin.
Dvorak afirmou que também demorou para se adaptar ao ambiente barulhento, mas que isso não a atrapalhou. “Não posso dizer que tenha realmente me afetado. Só no começo foi bastante chocante, mas depois consegui manter o foco”, disse a espanhola.
Calderano segue
O brasileiro Hugo Calderano volta à mesa às 20h deste domingo, contra Tang Peng, de Hong Kong, atual 15º colocado no ranking mundial.
Essa partida pode ser histórica. Caso vença, Calderano garante classificação às oitavas, igualando a marca de Hugo Hoyama em Atlanta-1996, até hoje a melhor do tênis de mesa brasileiro nos Jogos Olímpicos.