O branqueamento de recifes de coral pode estar diminuindo, após três anos de altas temperaturas nos oceanos, o período mais longo desde os anos 1980, afirmou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) nesta segunda-feira.

Os especialistas dizem que os dados de satélite e outras análises mostraram que o branqueamento generalizado deixou de ocorrer nas três bacias oceânicas – Atlântico, Pacífico e Índico -, “indicando um possível fim do branqueamento global”.

Cientistas da NOAA, agência do Departamento de Comércio americano, dizem que vão monitorar de perto as temperaturas da superfície dos mares e o branqueamento “pelos próximos seis meses para confirmar o fim do evento”.

Desde 2015, todos os recifes de coral tropicais registraram temperaturas acima do normal, e mais de 70% experimentaram temperaturas altas prolongadas que podem causar o branqueamento.

Os recifes de coral dos Estados Unidos foram os mais afetados, com dois anos de branqueamento severo na Flórida e no Havaí, três anos nas Ilhas Marianas e quatro anos em Guam, de acordo com a NOAA.

“Esse branqueamento global de corais foi o mais extenso, longo e talvez mais prejudicial que se tem registro”, disse Mark Eakin, coordenador de Vigilância de Corais da NOAA.

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Recifes de coral saudáveis protegem as costas de tempestades e servem de habitat para peixes e outras formas de vida marinha, incluindo espécies ecologicamente e economicamente importantes.

Depois que os corais morrem, os recifes entram em degradação rapidamente, e as estruturas construídas pelos corais desaparecem. Os corais podem se recuperar do branqueamento leve, mas o branqueamento severo ou a longo prazo com frequência é letal, dizem os especialistas.

No início de 2017, o aumento da temperatura das águas do mar provocou um episódio de branqueamento significativo na Grande Barreira de Coral, na Austrália, pelo segundo ano consecutivo, assim como na Samoa Americana, que foi severamente afetada em 2015.


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