A maior contratação do Palmeiras para esta temporada, o atacante colombiano Miguel Borja, também está preocupado com o baixo rendimento até aqui pelo clube, com 32 jogos e sete gols. Segundo o presidente Maurício Galiotte, o jogador procurou a diretoria nesta semana para pedir respaldo e prometer que conseguirá superar dificuldades e render na equipe.

“Nesta semana ele nos procurou e disse: ‘Eu não estou conseguindo, mas acreditem em mim, quero vencer no Palmeiras. Vou vencer, presidente’. Obviamente ele está com problema de adaptação”, disse Maurício Galiotte em entrevista à ESPN Brasil, nesta terça-feira. Borja foi contratado por cerca de R$ 33 milhões e atualmente é reserva no time do técnico Cuca.

O dirigente afirmou que o colombiano recebeu sondagens de outras equipes, mas apesar das dificuldades quer continuar. “O sistema de jogo é totalmente diferente. Temos uma cultura diferente, alimentação, língua, tem jogadores que vêm para o Brasil que vestem a camisa e saem jogando, outros não. Demora um tempo”, afirmou Maurício Galiotte.

Durante a entrevista ao canal de TV, o presidente do clube voltou a defender o trabalho de Cuca e do diretor de futebol Alexandre Mattos. Os dois têm sido questionados internamente e também receberam ataques em comunicados assinados pela principal organizada do Palmeiras, a Mancha Alviverde.

“(Cuca) É o melhor técnico para estar no clube conosco. Não faz sentido buscar opções fora. A mesma frustração que o torcedor tem, nós temos também. Somos torcedores e queremos ganhar. Cuca tem todo nosso apoio”, disse o dirigente. “Da mesma maneira que respondi sobre o Cuca, vou responder sobre o Alexandre Mattos. Eu não vou alterar a estrutura do futebol. Essa é uma estrutura vencedora. Não ganhamos nesse momento, mas vamos ganhar. A partir do momento que alterarmos a filosofia, aí acho que vamos comprometer”, afirmou.

O presidente revelou que se no futebol o clube está abaixo do esperado, nas finanças os resultados são positivos. O Palmeiras fechou o primeiro semestre com faturamento recorde, de R$ 33 milhões de lucro, e deve em até nove meses zerar todas as dívidas.