Desde que chegou ao Palmeiras, Miguel Borja convive com a pressão e está longe de mostrar o futebol que fez com que o clube brasileiro o tirasse do Atlético Nacional. Na avaliação do técnico Cuca, existe um exagero nas cobranças em cima do jogador e isso pode ser em decorrência do valor que foi pago em sua contratação.

“Tudo em torno do Borja são os 35 milhões. Se pagassem 5 milhões, ninguém falava nada, mas ele apanha, coitado, todo dia. Até quando não joga. A gente tem que ter paciência e eu deixo de lado o quanto ele custou. Se custou, foi porque mereceu, pelo que fez na Libertadores passada e nos campeonatos passados”, defendeu o treinador, que, entretanto, deixou o colombiano no banco de reservas em várias oportunidades.

Borja se defende e culpa a dificuldade para se adaptar ao Brasil como responsável por ainda não ter brilhado como se espera. O esquema tático também tem sido um problema para o colombiano.

“Fico agradecido por ele (Cuca), que está me dando confiança e aos poucos eu vou pegando o nível do futebol brasileiro, que é totalmente diferente da Colômbia. Não está sendo fácil. Lá (na Colômbia) eu joguei em dois times (Atlético Nacional e Cortoluá) que atuavam muito por dentro, com camisas 10, e aqui jogamos mais pelos lados”, explicou.

O atacante espera que a fase mude o quanto antes e, de preferência, que seja em um jogo pela Libertadores. “Sei que tenho grande qualidade e que tenho que responder em campo. Espero que com a ajuda de Deus o gol importante venha agora na Libertadores”, projetou.

Nesta semana, o meia Guerra contou que deu uma bronca em Borja pelo fato de ele gostar de ver vídeos de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho e que deveria assistir seus gols para se inspirar. O colombiano comentou sobre a situação.

“É uma brincadeira que tenho com Guerra. Todo mundo vê vídeos de Zlatan (Ibrahimovic), Ronaldo e outros grandes jogadores e eu estava vendo porque gosto desse tipo de vídeos”, explicou.