As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 22, depois de passarem três sessões consecutivas em queda. A recuperação foi proporcionada, principalmente, pela alta dos metais básicos, como cobre e zinco, e resultou num avanço de 0,83% do índice pan-europeu Stoxx 600, que fechou aos 375,80 pontos.

As tensões geopolíticas, bem como a crise política no governo do presidente dos EUA, Donald Trump, permaneceram no radar, mas tiveram menos influência sobre os mercados acionários, que, após tantas quedas, tinham espaço para recuperação.

Para o resto da semana, os investidores ficam atentos ao simpósio em Jackson Hole, no Wyoming, EUA, que contará com os discursos de figuras importantes, como o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen. Ambos se pronunciarão na sexta-feira, mas Draghi participará, ainda, de um evento na quarta-feira na Alemanha que ficará no radar do mercado.

Os metais básicos impulsionaram as mineradoras britânicas, como a Rio Tinto e a Glencore, que subiram 2,43% e 2,14%, respectivamente, o que levou o FTSE 100 a fechar em alta de 0,86%, aos 7.381,74 pontos. O cobre e o zinco estão atingindo máximas históricas, e, ainda que a alta não seja proporcionada por fundamentos, mas por especulações, a influência nos setores ligados aos metais é evidente.

Na Alemanha, nem a queda brusca do índice ZEW de expectativas econômicas foi capaz de fazer a bolsa cair. O indicador caiu para 10 em agosto – de 17,5 em julho. Analistas previam uma queda bem menor, para 14. Mesmo assim, o DAX fechou em alta de 1,35%, aos 12.229,34 pontos, com a Fresenius liderando o índice ao subir 3,10%.

Em Paris, o CAC 40 foi ajudado pelos setores de tecnologia e energia. A Capgemini avançou 2,44%, a Total subiu 1,50% e a Schneider Electric 1,51%, enquanto a bolsa em si fechou em alta de 0,87%, aos 5.131,86 pontos.

Madri e Lisboa fecharam com variação porcentual próxima, a primeira em alta de 0,48% e a segunda subindo 0,47%. Aos 10.409,80 pontos, Madri foi impulsionada por bancos, como o Santander, que avançou 0,79%. Já Lisboa viu a empresa de alimentos Ibersol avançar 4,17% e gerar impacto de 0,57 ponto no índice, que fechou aos 5.191,24 pontos.

Milão foi a única das principais bolsas a fechar em queda, pressionada pelo setor bancário. Com o Intesa Sanpaolo caindo 0,69%, o UniCredit recuando 0,73% e o Banco BPM perdendo 1,10%, o FTSE Mib fechou em queda de 0,11%.