O mercado brasileiro de ações teve nesta terça-feira, 25, sua terceira alta consecutiva, embalado pelo otimismo do mercado internacional. O cenário político doméstico chegou a trazer instabilidade por alguns momentos, mas perdeu força conforme aumentou a percepção de aprovação do texto-base da reforma trabalhista, que se concretizou nos minutos finais de negociação. Isso ajudou o indicador a fechar na máxima do dia, aos 65.148,34 pontos, em alta de 1,18%. Os negócios na B3 somaram R$ 7,5 bilhões.

Pela manhã, a bolsa chegou a cair 0,80%, em um movimento atribuído a uma realização de lucros que durou apenas até a abertura positiva das bolsas de Nova York. Por lá, o apetite por risco foi estimulado a partir da boa recepção aos balanços corporativos e ainda à expectativa do encaminhamento da reforma tributária nos Estados Unidos. À tarde, a forte virada do petróleo para o terreno positivo arrastou os papéis da Petrobras, que terminaram o dia com ganhos firmes, de 2,02% (ON) e de 2,21% (PNA).

As ações da Vale também foram favorecidas pelo bom humor internacional e seguiram os avanços de suas pares no exterior, fechando em alta de 3,28% (ON) e de 3,80% (PNA). Ainda entre as blue chips, foi destaque o comportamento dos papéis do setor financeiro, que enfrentaram instabilidade, mas terminaram todos no azul. Itaú Unibanco PN, ação de maior peso no Ibovespa, terminou com ganho de 0,65%. Bradesco PN avançou 0,91% e Santander Brasil units subiram 1,99%.

A notícia de que o PSB fechara decisão contrária às reformas foi fator de desequilíbrio do mercado, principalmente no início da tarde, quando câmbio e juros mostraram maior estresse com o cenário político. Mas à medida que o governo mostrou articulação e a aprovação do texto da reforma trabalhista se desenhava, o temor se dispersou e o sentimento de confiança voltou às mesas de renda variável. O cenário externo, por sua vez, mostrava cada vez mais força, reforçando o viés positivo.

Segundo operadores consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, os investidores estrangeiros foram destaque de compra hoje, o que explica em boa parte a forte sustentação das blue chips. Com o avanço desta sessão, o Ibovespa reverteu hoje a queda que vinha contabilizando em abril e passou a contabilizar valorização de 0,25%, faltando três pregões para o encerramento do mês.