O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 4,724 bilhões em agosto, para empréstimos já aprovados. Com isso, os desembolsos de janeiro a agosto somaram R$ 44,950 bilhões de janeiro a agosto, uma queda nominal (sem descontar a inflação) de 19% ante igual período de 2016. Em termos reais, o recuo foi de 22%, informou nesta terça-feira, 19, o BNDES.

“As estatísticas operacionais do BNDES seguem refletindo a situação econômica do país de baixa demanda por crédito para investimentos, mas em linha com indicativos de recuperação. As consultas, que são o principal termômetro das intenções de investimento por consistirem na primeira etapa do processo de tramitação dos pedidos de financiamento no BNDES, registraram menor recuo no acumulado do ano até agosto do que as aprovações e desembolsos”, diz a nota divulgada pelo BNDES.

As consultas para novos pedidos de empréstimo somaram R$ 68,723 bilhões até agosto, queda nominal de 10% ante 2016. Em termos reais, descontando a inflação, a queda nas consultas foi de 13,3%. Já as aprovações de novos empréstimos somaram R$ 45,073 bilhões até agosto, queda nominal de 15% ante 2016, equivalente a um recuo real de 17,9%.

Na nota, o BNDES destacou o desempenho do BNDES Giro, linha de financiamento para capital de giro. Os desembolsos somaram R$ 4,580 bilhões até agosto, um salto nominal de 315% em relação ao que foi emprestado em igual período de 2016. O BNDES Giro, antes conhecido como BNDES Progeren, foi retomado em janeiro, com condições mais vantajosas e orçamento maior.

“O desempenho operacional do BNDES nos oito primeiros meses do ano já reflete a retomada dos investimentos em modernização”, diz a nota do BNDES.

As aprovações da Finame, linha de financiamento para bens de capital, ultrapassaram R$ 14,6 bilhões até agosto, alta nominal de 28% em relação a igual período do ano anterior. Na mesma comparação, os desembolsos tiveram alta nominal de 13%, somando R$ 12,8 bilhões entre janeiro e agosto deste ano.

“Somente em agosto, as liberações de crédito da Finame para a aquisição de bens de capital como caminhões e máquinas agrícolas somaram R$ 1,7 bilhão, 33% acima do registrado no mesmo mês do ano passado”, diz a nota do banco de fomento.