“Eu” retrata movimento da sergipana Héloa

“Uma voz quente”, como bem definiu Dafne Sampaio ao apresentar Héloa, a cantora e compositora de Aracaju que combina céu, sol e mar em seu CD de estreia, “Eu” (Cambuci Roots/YB Music/Klaus Haus Studio). Um arranjo com cordas sampleadas emoldura essa voz quente e sonora em “Proteção”, de Ruan Levy: “Peço/ Proteção para o meu teto/ Proteção para o meu peito/ Proteção pra minha estrada/ Que não me aconteça nada/ Que atrapalhe essa jornada”. Parceria de Geraldo Azevedo e Alceu Valença, “Caravana” prossegue o movimento da artista que também dança, é atriz e tem mãos e pés fincados nas artes visuais. “Corra, não pare, não pense demais”, diz a canção que ela parece ter levado ao pé da letra em sua mudança para São Paulo, onde encontrou os músicos e produtores Daniel Groove e João Vasconcelos, que ajudaram a dar forma à inquietante sonoridade de “Eu”. Um disco para ouvir com atenção, sem pressa e com a mente aberta.

Héloa, em foto do ensaio de capa do CD “Eu”: voz quente (Crédito: Larissa Bione)
Héloa, em foto do ensaio de capa do CD “Eu”: voz quente (Crédito: Larissa Bione)

Badi Assad coloca trilha de “Jogos Vorazes” no CD “Singular”

Comemorando 25 anos de carreira, a cantora, compositora e violonista Badi Assad sobe ao palco do Sesc Pompéia na sexta-feira 7, às 21h, acompanhada pela percussão da Simone Soul e pelo baixista Rui Barossi para mostrar o repertório de “Singular”, seu 14º álbum. No repertório, em inglês e português, além de composições autorais, há versões para músicas pop como “The Hanging Tree”, de Jeremiah Fraites e Wesley Schultz, que fez parte da trilha sonora do filme “Jogos Vorazes – A Esperança Parte 1”. Músicas dos ingleses Alt-J e Mumford & Sons, do Irlandês Hozier, da neozelandesa Lorde e do produtor e DJ norte-americano Skrillex, receberam ornamentações características do trabalho de Badi, com destaque para o seu violão ritmado em que os harmônicos criam pontos de inflexão. “Essas músicas me surpreenderam, tanto pela profundidade de seus conteúdos quanto pelo engajamento que provocaram em jovens ouvintes. Dentro do universo pop há tanta música rasa explorada ao máximo pela indústria do entretenimento, carregadas de temáticas ligadas ao sexo, fama e ostentação, que por vezes podemos ter a falsa impressão de que não mais encontramos músicos jovens que se propõem a vasculhar a vastidão humana em todas suas nuances, explorando questões significativas e complexas”, afirma Badi.

badi_assad_credito_alfredo_nagib_filho_1280x720
Badi: repertório visita canções pop dos EUA, Inglaterra, Irlanda e Nova Zelândia (Crédito:Alfredo Nagib Filho)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias