O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira, 8, que não tem conhecimento da proposta em estudo pelo governo federal de elevar a alíquota do Imposto de Renda para pessoas físicas (IRPF), mas avalia que o ideal seria cortar gastos para cumprir a meta fiscal. Para o tucano, elevar imposto deveria ser apenas em último caso.

“Eu não ouvi a proposta, mas acho que o governo deve procurar cumprir a meta”, afirmou Alckmin. “Claro que é sempre melhor (fazê-lo) reduzindo as despesas. Acho que a última alternativa deve ser aumentar imposto”, defendeu, lembrando que a meta atual já é de déficit primário de R$ 139 bilhões.

Mais cedo, o presidente Michel Temer admitiu que a equipe econômica do governo estuda uma alíquota maior para o IRPF, mas ressaltou que ainda não havia nada decidido. Conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, entre as propostas em estudo está a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de IR para quem ganha mais de R$ 20 mil mensais. A medida poderia garantir até R$ 4 bilhões a mais para os cofres públicos. Já a tributação de lucros e dividendos poderia render ao menos R$ 15 bilhões em 2018.

“É preciso conscientizar a sociedade brasileira sobre a gravidade da situação fiscal do País”, acrescentou Alckmin, que participou de cerimônia para assinatura de protocolo de intenções com prefeituras e governos estaduais para compartilhamento da experiência paulista com projetos de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs).

No evento, o tucano disse que a experiência do governo do Estado de São Paulo com esse instrumento gerou R$ 130 bilhões em investimentos. Alckmin ressaltou que essas medidas são importantes no momento em que o poder público quer investir em infraestrutura e ajudar na criação de emprego, mas não tem os recursos necessários.

Participaram do encontro para troca de experiências representantes de 10 Estados, entre eles o Rio de Janeiro, Mato Grosso e Piauí, bem como 40 municípios.

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