A equipe olímpica de atletas refugiados ganhou o reforço de cinco esportistas que desembarcaram no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira. Eles vão integrar o grupo que terá 10 atletas na Olimpíada. Refugiados do Sudão do Sul, mas vivendo no Quênia, as duas mulheres e os três homens que chegaram nesta manhã vão competir no atletismo.

Anjelina Nada Lohalith vai disputar a prova de 1.500 metros, enquanto Rose Nathike Lokonyen entrará nos 800 metros. Yiech Pur Biel disputará a mesma prova, porém no masculino. Já James Nyang Chiengjiek vai entrar nos 400 metros e Paulo Amotun Lokoro competirá nos 1.500 metros.

Os cinco atletas vivem no campo de refugiados de Kakuma, no Quênia. E, antes de vir ao Brasil, o grupo treinou na capital Nairóbi para ganhar ritmo para a Olimpíada. Estes cinco esportistas vão se juntar ao sírio Ramis Anis (natação, 100 metros borboleta), ao etíope Yonas Kinde (maratona), à síria Yusra Mardini (100 metros livre e 100 metros borboleta), à congolesa Yolande Mabika (judô, peso médio) e ao congolês Popole Misenga (judô, peso médio).

Estes outros cinco atletas da equipe de refugiados moram em países tão diferentes quanto Alemanha, Brasil, Bélgica, Luxemburgo e Quênia. No Brasil, vivem os dois judocas, no Rio de Janeiro. Destes, apenas o maratonista etíope Yonas Kinde ainda não desembarcou no Brasil para o grande evento.

Estes dez atletas vão formar a primeira equipe olímpica de refugiados da história. O grupo foi criado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).